Secretário
do Ministério do Esporte, reuniu-se na manhã desta terça-feira,11/2, com
representantes da PRF, SENATRAN, Ibetran, CBF e da ANATORG para discutir as
medidas que devem ser adotadas para dar mais segurança ao público.
Colaboração
de texto: Ministério do Esporte
Colaboração de foto: Ronaldo Caldas/MEsp
O
secretário nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, Athirson
Mazolli, do Ministério do Esporte, reuniu-se na manhã desta terça-feira,11/2,
com representantes da Polícia Rodoviária Federal – PRF, da Secretaria Nacional
de Trânsito - SENATRAN, do Instituto nacional de Educação no Trânsito –
Ibetran, da Confederação Brasileira de Futebol – CBF e da Associação Nacional
das Torcidas Organizadas - ANATORG para discutir as medidas que devem ser
adotadas para enfrentar e reduzir os episódios de violência e dar mais
segurança ao público que prestigia eventos esportivos em todo o país.
A
reunião é fruto da preocupação com o aumento dos episódios de violência
registrados nos últimos meses, que já deixaram mortos e feridos em várias
regiões do país, nos estádios e fora deles, envolvendo integrantes de torcidas
organizadas.
Luiz
Cláudio do Carmo, presidente da Associação Nacional das Torcidas Organizadas,
que participou da reunião de forma virtual, vê a inciativa como fundamental
para alcançar a meta de transformar os estádios de futebol em um ambiente de
paz e respeito mútuo.
Recentemente,
o Ministério do Esporte levou ao ar, por meio de diferentes tipos de mídias e
pelos grandes veículos de comunicação em todo o país, uma campanha educativa
cujo eixo central era a paz nos estádios de futebol. A campanha “Cadeiras
Vazias” alertava para as tragédias provocadas por brigas de torcidas nos
estádios que resultaram em perdas de vidas, tristeza irreparável e sofrimento
para as famílias das vítimas.
Agir de forma proativa
“Sempre
que um episódio desses acontece, o Ministério do Esporte é um dos primeiros a
manifestar publicamente o repúdio à violência. Mas percebemos que é preciso ir
além das notas oficiais. Precisamos agir de forma proativa para inibir novas tragédias,
encontrar meios de responsabilizar de forma exemplar os envolvidos e dar
garantias de segurança às famílias que querem apenas desfrutar da alegria de
torcer pelo time de sua preferência”, diz o secretário nacional de futebol,
Athirson Mazolli.
O
coordenador-geral de Governança e Gestão Estratégica da Secretaria Executiva do
Ministério do Esporte, Marcio Arbach, que também esteve na reunião, ressaltou
que a Lei Geral do Esporte traz artigos específicos sobre o Plano Nacional de
Cultura e Paz não apenas no futebol, mas nos eventos esportivos de forma mais
ampla.
Na
opinião dele, “o mais difícil é o trabalho de reverter a cultura que induz à
violência. E isso não é só responsabilidade do Ministério do Esporte, mas da
sociedade como um todo. Encontrar medidas e planejar ações que nos permitam
alcançar esse objetivo é o nosso desafio”.
Walber
Nascimento, superintendente da Polícia Rodoviária Federal de Minas Gerais, que
também participou da reunião via internet, lembrou que o respeito às leis de
trânsito é um componente fundamental para a redução da violência nos eventos
esportivos. Dados expostos pela coordenadora geral de educação no trânsito, da
SENATRAN, Isabela Rizzotti, traduzem o impacto dessa variável para o aumento
dos indicadores de violência envolvendo grandes eventos.
Em
2023, foram registradas 30.000 mortes no trânsito e mais de 180.000 feridos
graves, segundo dados do PNATRANS - Plano Nacional de Redução de Mortes e
Lesões no Trânsito. E os custos para tratar as vítimas desses acidentes são
estimados em R$ 50 bilhões por ano, considerando impactos econômicos e sociais.
Dados
da PRF apontam que 15% dos acidentes com ônibus e vans envolvem veículos
clandestinos. Em operações recentes, foram apreendidos mais de 3.500 veículos
irregulares em rotas para eventos esportivos. O excesso de velocidade, segundo
esses dados, é responsável por 30% dos acidentes fatais. O uso do celular ao
volante, um dos principais fatores de distração, está associado a 20% dos
acidentes graves. Por fim, a combinação de álcool e direção está presente em 1
a cada 5 acidentes fatais. “São esses números que transformam a chegada e a
dispersão do público aos grandes eventos esportivos em momentos críticos para o
trânsito no Brasil”, argumenta o superintendente da PRF em Minas Gerais, Walber
Nascimento.
Ações específicas
A
CBF, representada na reunião pelo Oficial de Segurança, Nilton Mascarenhas,
acredita que o esforço de todos é fundamental para o resgate da paz nos eventos
esportivos. E destaca que, no caso específico do futebol, o comprometimento da
Associação Nacional das Torcidas Organizadas com essa causa é indispensável.
Danilo
Costa, presidente do Instituto Brasileiro de Educação no Trânsito – IBETRAN
sugeriu que a CBF atue para alinhar o calendário dos campeonatos de futebol com
o das campanhas trânsito. “Assim será possível usar as partidas de futebol como
um espaço permanente para as campanhas de conscientização no trânsito,
alcançando milhões de brasileiros”, disse ele.
Próximos passos
As
ações sugeridas durante deverão ser parte de um planejamento que amplie a
identificação de parceiros estratégicos e permita o desenvolvimento de novas
campanhas em todo o território nacional.
“Embora
o enfrentamento à violência nos eventos esportivos, estádios de futebol e
arredores não seja uma atribuição direta do Ministério do Esporte, penso que é
o nosso papel, como instituição pública, liderar a discussão sobre o que pode e
deve ser feito para encontrar o melhor caminho que possibilite diminuir os índices
de violência em todo o país. É isso o que estamos fazendo” finalizou Athirson.
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Ministério do Esporte combate à violência em eventos esportivos. |
Colaboração de foto: Ronaldo Caldas/MEsp
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