Jovens como Allana Maschio já têm uma história
de inspiração nos ídolos atuais; ainda muito jovem, Sophia Kelmer quer motivar
gerações futuras.
Colaboração de texto: Luis Miguel Ferreira/CBTM
Colaboração de foto: Gustavo Medeiros/CBTM
Após brilhante participação no Aberto
Paralímpico da Itália, no qual conquistaram dez medalhas, nossos mesa-tenistas
encaram um novo desafio, desta vez com apoio da torcida: o Aberto do Brasil,
cuja disputa ocorre desta sexta-feira (24) até domingo (26), no Centro
Paralímpico Brasileiro, em São Paulo. Com muitos medalhistas consagrados, o
tênis de mesa brasileiro também apresenta uma geração de jovens que trilha um
caminho vitorioso.
A competição, organizada pela Federação
Internacional de Tênis de Mesa (ITTF), reunirá diversos atletas medalhistas
mundiais e paralímpicos. Os futuros talentos da modalidade estarão de olho nos
desempenhos destes que têm como ídolos, como se mirassem um espelho que motive
sua trajetória no esporte.
Allana Maschio (atleta da classe 9 individual
feminino e das duplas mistas classe XD 20), integrante da equipe brasileira que
disputará o Aberto do Brasil, é um dos exemplos de atletas de uma nova geração
que já se inspirou nos diversos medalhistas mundiais e paralímpicos da equipe
do Brasil.
“É muito gratificante. A Dani (Rauen) e a
Jennyfer (Parinos) sempre me inspiraram, desde que eu era bem pequena. Quando
as vi jogando pela primeira vez, quando treinei com elas em 2017... Essas atletas me mostram que eu também posso.
Não é a minha limitação que irá me impedir de chegar ao um nível tão alto dentro
do esporte. Espero também servir de exemplo para isso”, diz a jovem.
Para Allana, alcançar o mesmo patamar das
atletas que a inspiraram é um objetivo concreto. Ela não esconde quais são os
seus sonhos dentro do tênis de mesa: “Chegar a um Mundial, participar das
Paralímpiadas, são minhas ambições. Mas não estipulo data para isso, só penso
em progredir e deixar as coisas acontecerem normalmente”.
Na opinião da catarinense, o que mais deve ser
assimilado pelos jovens atletas é o aspecto disciplinar. Em todos os sentidos.
“A disciplina é fundamental. Não somente nas mesas, mas na vida em geral. Eu
considero que estar treinando e convivendo com atletas vitoriosos na Seleção,
medalhistas mundiais e paralímpicos, torna mais difícil minha adaptação, até
pela quantidade e pela intensidade de treinos. Para mim, é algo surreal treinar
com eles. Maravilhoso. Todos possuem o mesmo objetivo e estar aqui é muito
bom”, afirmou.
Campeã
que inspira
Campeã da classe 8 individual feminina no
Aberto da Itália e medalhista mundial ainda adolescente, Sophia Kelmer chega
com o moral elevadíssimo para atuar nas mesas do Centro Paralímpico, em São
Paulo. Atual tetracampeã brasileira classe 8 e número 4 do ranking da ITTF,
apesar de ser conhecida, tem apenas 15 anos. E se sente gratificada por servir
como exemplo aos mais jovens.
“Espero um dia servir como espelho para as
novas gerações da mesma forma que outros atletas foram para mim e, hoje, são
meus companheiros na Seleção Brasileira. Sempre acompanhei nomes como a Bruna
Alexandre, Dani Rauen, Jenyffer (Parinos), Paulinho (Salmin)... Afinal, todos
aqui da Seleção foram meu espelho, pois meu objetivo era poder treinar junto
com eles”, diz Sophia.
“É algo muito gratificante saber que consigo
ajudar meninas e meninos a desenvolver a vontade de praticar esportes. Mesmo
que não seja especificamente o tênis de mesa; esporte salva e muda vidas. Fico
feliz de, mesmo sendo jovem, tenho apenas 15 anos, já conseguir contribuir
desta forma, inspirando outras crianças. É fantástico”, concluiu.
Allana Maschio e Sophia Kelmer da nova geração de craques. |
Colaboração de foto: Gustavo Medeiros/CBTM
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