Jânio Moreira almeja finalizar as seis maiores
maratonas do mundo.
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Ex-fumante, Jânio Moreira se prepara para maratona de Tóquio. |
Inovar significa superar desafios. É cair e
levantar, e a cada pedra no caminho, conseguir driblá-la da melhor forma,
sempre seguindo em frente rumo aos seus objetivos. Uma luta e aprendizados
constantes, mas que valem muito a pena quando é conquistada a linha de chegada.
Essa é a missão de Jânio Moreira, ex-fumante de 42 anos que, após ter
enfrentado sérios problemas da Covid-19, irá para Tóquio participar de uma das
maiores maratonas do mundo, em março. Sua viagem está sendo apoiada pela PALAS,
consultoria de inovação e gestão pioneira na implementação da ISO de inovação.
Organizada em Tóquio, Boston, Londres, Berlim,
Chicago e Nova York, as chamadas Majors são consideradas as maiores maratonas
em nível internacional, representando provas desafiantes que atraem o sonho de
muitos atletas amadores e profissionais ao redor de todo o mundo. Finalizá-las
requer muito preparo e condicionamento, em um planejamento antecipado e
persistente para que os esportistas consigam percorrer todo o seu trajeto.
Chegar nesse patamar, contudo, não é nada
fácil. “Minha jornada como maratonista começou como um apoio para largar meu
vício no cigarro. Costumava fumar quase dois maços por dia, o que trazia
diversas dificuldades na minha rotina, até em tarefas simples, como subir escadas”,
relembra Moreira.
Por recomendação de uma colega, em 2015,
decidiu trocar o cigarro pelos tênis. Ao ar livre, iniciou caminhando poucos
metros diariamente, até que, cerca de um mês depois, decidiu se aventurar em
sua primeira prova de 5km. Seu avanço no esporte foi surpreendente. Mesmo
treinando sozinho, conseguiu participar de sua primeira maratona de 42km em
2016, na Disney – seguindo para competir em Berlim, em 2016, Nova York, em
2017, Chicago e Londres, em 2019. Assim, a corrida se tornou seu novo vício.
Mas, nada em excesso é saudável. Nem mesmo uma
atividade física feita sem o apoio de um especialista. “Conforme meu ritmo de
treinamento foi se intensificando, busquei ajuda de um profissional para me
orientar nesse percurso, além de grupos de maratonistas. Uma das maiores lições
era não abdicar do descanso como parte do treino, para que o corpo se
recuperasse e estivesse mais preparado para as provas”, compartilha.
Entretanto, em 2021, uma nova barreira surgiu
em sua jornada. Diagnosticado com Covid-19, Moreira teve sérios sintomas da
doença que danificaram severamente seus pulmões, comprometendo seu órgão em 60%
da capacidade. Depois de um período de internação, voltar a treinar não foi
nada fácil, e exigiu muita fisioterapia pulmonar e perseverança para recuperar
sua condição física gradualmente. Para piorar, ocorreu um estiramento do
músculo na panturrilha em agosto de 2022, o que demandou um cuidado ainda maior
de sua saúde.
Desde então, Moreira já conseguiu completar 3
meias maratonas, sempre cuidando de seu corpo, em uma retomada mais lenta e
gradual. E, após tantos problemas enfrentados, completar esta maratona de
Tóquio será um de seus maiores desafios. “Não irei focar em terminar a corrida
em um tempo veloz. Desejo apenas cruzar a linha de chegada. Depois de tantas
lutas pela minha saúde, ter a oportunidade de concluir esse trajeto já será uma
imensa vitória para mim”, relata.
Para ele, entrar no universo da corrida não
significa desgastar seu corpo pensando na vitória. Até porque, percorrer uma
maratona vai muito além do que se tornar um campeão, mas aproveitar essa trilha
e cada momento vivenciado. E, é claro que todo trabalho traz grandes vitórias
como recompensa.
Como compartilha exatamente do mesmo
pensamento, a PALAS decidiu apoiar a façanha de Jânio. “Quem trabalha com
inovação sabe que o destino é uma mera consequência de um caminho bem trilhado,
onde os obstáculos nos deixam cada vez mais fortes. A história dele, que não
sei deixa abater por maior que seja o desafio, nos inspira diariamente. Por
isso, decidimos encarar essa jornada juntos”, explica Alexandre Pierro, sócio
fundador da consultoria pioneira na ISO de inovação.
Com 15 maratonas e 38 meias-maratonas
registradas ao longo de sua trajetória (Las Vegas, Canadá, Uruguai, Chile e a
maior medalha do mundo, em Little Rock, nos Estados Unidos) a meta após Tóquio
é readequar seus treinos, focando em criar a máxima resistência possível rumo a
Boston, em 2024 – a última maratona necessária para conquistar as Majors. “Este
é um esporte que nos desafia constantemente e sempre nos faz ir além. Estou
confiante em finalizar essa etapa em Tóquio e continuar com meu objetivo de
participar de cada vez mais maratonas no mundo”, finaliza Moreira.
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