Primeira edição do Mundial realizada em um país
do Oriente Médio, a Copa do Mundo do Catar colocou o futebol da região em
evidência.
Colaboração
de texto e foto: Douglas Albino/AVAssessoria
Colaboração de foto: Al-Najoom
Na rodada inaugural da fase de grupos, a Arábia
Saudita aumentou esta projeção, após vencer a Argentina, de virada, por 2 a 1. O
triunfo saudita veio acompanhado de um bom desempenho diante da Albiceleste, o
que surpreendeu grande parte do público em geral. Não foi o caso de Tiago
Lopes, que acompanha a evolução do futebol do Oriente Médio há mais de uma
década.
Ex-zagueiro e hoje agente de atletas, o
brasileiro atuou em diferentes países da região, como a própria Arábia Saudita,
além de Catar, Jordânia e Omã. “Não fiquei muito surpreso com essa vitória da
Arábia Saudita sobre a Argentina. Muitos acham que é fácil jogar lá [na região
do Oriente Médio], mas não é. Tem a questão do clima, adaptação. É um futebol
rápido e que tem ligas nacionais em crescimento, com a presença de jogadores
estrangeiros de muita qualidade e vários técnicos europeus”, disse Lopes, que
na Arábia Saudita atuou pelo Al-Najoom.
O Catar foi anunciado como sede da Copa do
Mundo em 2010, período próximo ao que Tiago Lopes vestiu as cores do Muaither
SC, clube local. O ex-jogador atuou no país entre 2011 e 2012, e acompanhou de
perto a mobilização para receber o Mundial de 2022, tanto dentro como fora de
campo.
“Lembro que, no meu clube, sempre rolava algum
tipo de conversa sobre a evolução do futebol no país, da chegada de comissões
técnicas estrangeiras e de jogadores jovens com o intuito de adquirir o
passaporte catari, para assim jogar pela seleção. Tive o prazer de voltar lá
neste ano, e vi um país muito diferente, com uma estrutura enorme para receber
a Copa do Mundo”, contou o profissional, de 36 anos.
Experiência
nos gramados ajudou em nova carreira
Tiago Lopes pendurou as chuteiras em março de
2020, e hoje trabalha como agente de atletas. Além da experiência no Oriente
Médio e em clubes brasileiros como Ituano e Grêmio Osasco, o ex-zagueiro também
passou por equipes de Alemanha, Suíça, Portugal e França. O aprendizado nos
gramados veio acompanhado do conhecimento de outros idiomas, fatores que
agregam na nova profissão.
“Eu sempre gostei desta área do agenciamento de
carreira. Quando era atleta, acompanhava o trabalho dos agentes e pude aprender
bastante. Ter atuado no Oriente Médio e na Europa me ajudou nessa transição,
pois conheci muitas pessoas no meio do futebol. Também tem a questão da
comunicação. Hoje falo três idiomas e isso ajuda nas negociações com os
clubes”, finalizou.
Para conhecer um pouco mais do trabalho de
Tiago Lopes, acesse o Instagram.
Tiago Lopes valoriza evolução futebol do Oriente Médio. |
Colaboração de foto: Al-Najoom
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