O retorno da tripulação – que é a primeira
brasileira a fazer a passagem completa por este trecho – acontecerá no próximo
sábado, 12/11, por volta das 10h.
Colaboração de texto: Juracy dos Anjos/ATcom
Colaboração de foto: Leonardo Papini/ATcom
Depois de percorrer 20.000 milhas náuticas,
passando pelos oceanos Atlântico, Pacífico e Ártico, o velejador Aleixo Belov,
79 anos, e sua equipe retornam ao ponto de partida da expedição, em Salvador. A
chegada da tripulação, que é a primeira brasileira a fazer a travessia completa
pela temida Passagem Noroeste, acontecerá no próximo sábado, 12/11, por volta
das 10h, na escadaria do Comando do 2° Distrito Naval da Marinha do Brasil, no
bairro do Comércio. O local é o mesmo usado por Belov para as partidas e
chegadas das viagens continentais, inclusive as três voltas ao mundo que
realizou em solitário a bordo do veleiro Três Marias.
A cerimônia de retorno, que será aberta ao
público em geral que admira Belov, contará com a participação também de
familiares, amigos e de autoridades da Marinha, como o vice-Almirante Humberto
Caldas Silveira Junior e o Capitão dos Portos da Bahia, Capitão de Mar e Guerra
Paulo Rafael Ribeiro Gonzalez. A Banda de Música do Comando do 2º Distrito
Naval também se apresentará no dia, celebrando o desembarque da tribulação em
solo soteropolitano.
Expedição
A jornada a bordo do veleiro Fraternidade teve
início em 5 de fevereiro deste ano, quando saiu da capital baiana. Desde então,
a tripulação passou por Natal, no Rio Grande do Norte, no litoral brasileiro, e
pelo Caribe, Panamá, Havaí, Canadá, Alaska, Groelândia e no arquipélago de
Açores, um território autônomo de Portugal, antes de retornar às águas
brasileiras. Já aqui no Brasil, a embarcação ficará alguns dias em Natal para
trâmites legais de retorno ao país, vindo, em seguida, para a Bahia.
Ao longo da viagem, a equipe superou desafios,
como os ventos fortes entre Panamá e Havaí, além dos riscos de colisão com os
grandes navios na passagem pelo canal que liga o Atlântico ao Pacífico, uma das
rotas comerciais mais importantes do mundo. “Tudo tremia (com o vento) e metia
medo que os panos não aguentassem e fomos obrigados a apelar para os rizos
(redução de vela). Estávamos meio esquecidos desta manobra, mas deu tudo certo.
A maior preocupação era com os navios, para evitar que um deles passasse por
cima da gente”, relatou o comandante.
Aleixo Belov equipe retornam Salvador. |
Colaboração de foto: Leonardo Papini/ATcom
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