Convidada
da etapa vence a final havaiana contra Carissa Moore, no domingo derrotou a
pentacampeã mundial e uma bicampeã, próxima etapa é o Hurley Pro Sunset Beach
que começa no dia 11.
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Moana Jones Wong passeando no quintal de casa. |
Colaboração
de texto: João Carvalho/Gabriel Gontijo/
©WSL
Colaboração
de foto: Getty Images/Bielmann
Assim
como Kelly Slater no sábado, a havaiana Moana Jones Wong, de apenas 22 anos de
idade, também fez história com a vitória no Billabong Pro Pipeline. Ela entrou
na vaga de convidada desta etapa e, no domingo de tubos de 8-10 pés no maior
palco do esporte, derrotou a bicampeã mundial Tyler Wright nas semifinais e a
pentacampeã Carissa Moore na final. Moana foi coroada como a “Rainha de
Pipeline”, pelo título da primeira etapa feminina do World Surf League
Championship Tour realizada junto com a masculina em Pipeline.
“Eu
nem consigo acreditar. Esse é o melhor momento da minha vida”, disse Moana
Jones Wong, ainda dentro d´água sendo entrevistada após a vitória sobre Carissa
Moore. “Eu jamais imaginei que poderia conseguir isso, ainda mais contra a
Carissa (Moore), a melhor surfista do mundo. Ela é a minha surfista preferida e
tudo isso é muito insano de acreditar. Sempre quis fazer uma final em Pipeline
com a Carissa, mas nunca pensei que pudesse acontecer”.
A
havaiana participou do Billabong Pro Pipeline na vaga de convidada, por ter
vencido a etapa do WSL Qualifying Series realizada em dezembro em Pipeline. Ela
surfa esses tubos desde os 12 anos de idade e essa tinha sido a quarta final
dela em etapas do QS em Pipeline. A quinta foi neste domingo, mas agora
enfrentando as melhores surfistas do mundo. Moana estreou na mesma bateria da
Carissa Moore na primeira fase, já carimbando a faixa da pentacampeã, que se
classificou em segundo lugar.
Depois,
passou pela vice-campeã mundial, Tatiana Weston-Webb, nas oitavas de final e
pela australiana Isabella Nichols nas quartas de final, sempre surfando lindos
tubos nas esquerdas de Pipeline. No domingo não foi diferente. Pegou quatro na
semifinal contra Tyler Wright, somando as notas 7,67 e 6,33 dos dois últimos. A
bicampeã mundial chegou a tirar a maior nota do último dia, 8,83, num tubaço no
Backdoor, porém foi o único que surfou.
“Ontem
(sábado), quando vi o Kelly (Slater) ganhando essa prancha (shapeada pela lenda
viva do esporte, Gerry Lopez), pensei que queria uma dessa também”, disse Moana
Jones Wong, já no pódio do Billabong Pro Pipeline. “Eu já chorei bastante e
estou quase chorando de novo. Estou muito feliz e nem sei o que dizer, só
agradecer a Deus, minha família e todo mundo que está aqui na praia. Vocês são
demais e obrigado especialmente a Pipeline por tudo isso”.
Essa
foi a primeira etapa do WSL Championship Tour que Moana Jones Wong participou e
já faturou o prêmio máximo de 80º)00 dólares, o mesmo valor recebido por Kelly
Slater no Billabong Pro Pipeline. A última vitória de uma convidada que não
fazia parte do grupo das top-17 da elite mundial, tinha sido em 2010 com Tyler
Wright em Sunset Beach, palco da próxima etapa, que começa na sexta-feira (dia
11), o Hurley Pro Sunset Beach.
Decisão do título – A
histórica primeira etapa completa do CT feminino em Pipeline, foi encerrada com
uma decisão havaiana de 40 minutos de duração. Era a número 1 do mundo contra a
última na relação das cabeças de chave do evento. A pentacampeã mundial tentou
pegar a primeira onda no Backdoor, mas o tubo não rodou. Carissa foi então
rebocada pelo jet-ski até o outside, uma grande ajuda para as mulheres no mar
pesado do domingo.
Apontada
pelo havaiano Jamie O´Brien, como a melhor surfista em Pipeline em todos os
tempos, Moana competiu de capacete para se proteger e começou já dropando uma
morra, fazendo o primeiro tubo na final. A primeira nota nem havia saído e ela
já pegou outro tubão nas esquerdas de Pipeline, para largar na frente com notas
6,67 e 5,33. Carissa tinha perdido para Tyler Wright, a final em Pipe que abriu
o CT 2021, então queria a vitória esse ano.
Ela
bota pra dentro de backside num tubaço em Pipeline, fica bem profundo, mas o
lip a derruba, com os juízes dando apenas 2 pontos. Logo, Moana agita a torcida
de novo com um drop insano numa onda grande, da série, porém não conseguiu se
encaixar no tubo e a nota 3,33 foi descartada. A bateria chegou na metade com
Carissa precisando de uma nota 10 para tirar a vitória da local de Pipeline.
A
atual campeã mundial era a recordista absoluta do Billabong Pro Pipeline, com a
nota 9,50 de um tubo espetacular surfado no Backdoor e os 14,67 que totalizou
nesta mesma bateria das oitavas de final, contra outra havaiana, Bethany
Hamilton. Depois, Carissa venceu as quartas de final com uma nota 8,33 também
nas direitas do Backdoor. Mas, no domingo as melhores ondas eram as esquerdas
de Pipeline.
Foi
onde Moana Jones se jogou em outra morra, desta vez ficando mais profundo lá
dentro, mas sem conseguiu sair. Carissa também mostra atitude numa direita
cavernosa do Backdoor, só que fica lá dentro. Já Moana surfa outro tubaço
incrível em Pipeline, com uma intimidade impressionante e iguala o 6,67 da sua
maior nota. Com isso, abriu grande vantagem sobre Carissa, que teria que
começar do zero, ou seja, surfar dois tubos com notas acima de 6,67.
Só
que as séries pararam de entrar por um bom tempo e veio uma quando restavam 2
minutos para o término da bateria. E foi Moana Jones Wong quem fez mais um
tubaço em Pipeline, saindo com os braços pra cima saudando a torcida e sempre
sorrindo, como se estivesse se divertindo numa das ondas mais perigosas do
mundo. Os juízes dão 7,67 para ela festejar o título por 14,34 a apenas 3,73
pontos da pentacampeã mundial, Carissa Moore.
“Eu
sinto que estou sempre aprendendo, porque hoje atingi meus limites e achei que
as condições estavam muito difíceis para mim”, disse Carissa Moore. “Senti que
ganhei um pouco mais de experiência no line-up, surfando apenas com a Moana
(Jones Wong) e antes com a Lakey (Peterson) lá fora. Então, só tenho que
agradecer a WSL e parabéns para a Moana. Ninguém mais merecia a vitória do que
ela, que se dedicou mais do que qualquer outra surfista durante anos aqui em
Pipeline. Deu para ver isso. Ela mandou muito bem e mereceu a vitória”.
Evento histórico – O
Billabong Pro Pipeline entra na história como um evento realizado desde o
início com ondas épicas e tubos espetaculares, tanto nas esquerdas de Pipeline,
como nas direitas do Backdoor. Kelly Slater fez história também, ao vencer a
56.a etapa da sua carreira e a oitava em incríveis treze finais em Pipeline.
Dos sete surfistas que enfrentou esse ano, apenas um, o brasileiro Miguel Pupo,
tinha nascido 30 anos atrás, em 1992, quando ele conquistou sua primeira
vitória no templo sagrado do esporte e seu primeiro dos onze títulos mundiais.
E o Miguel tinha apenas 1 aninho de vida e seu pai, Wagner Pupo, ainda
competia.
Essa
parte da história foi escrita no sábado e no domingo foi a vez de Moana Jones
Wong registrar seu nome como a primeira campeã de uma etapa feminina do WSL
Championship Tour 100% disputada nos tubos mais desejados do mundo. Ela também
se tornou a primeira convidada a ganhar uma etapa após 12 anos do título
conquistado pela hoje bicampeã mundial Tyler Wright em Sunset Beach, em 2010
quando não era da elite.
O
Billabong Pro Pipeline foi realizado com o patrocínio da Billabong, Red Bull,
Expedia, Shiseido, Oakley, Hidro Flask, Flying Embers, Spectrum, 805 e Pura
Vida. Todas as etapas do World Surf League Championship Tour 2022 passam ao
vivo pelo WorldSurfLeague.com, pelo Aplicativo e YouTube da WSL e no Brasil tem
transmissão especial pelo Globoplay, GE.Globo.com e nos canais do Sportv a
partir das quartas de final.
GRANDE
FINAL DO BILLABONG PRO PIPELINE:
Campeã:
Moana Jones Wong (HAV) por 14,34 pts (7,67+6,67) - US$ 80º)00 e 10º)00 pontos
Vice-campeã:
Carisssa Moore (HAV) com 3,73 pts (2,00+1,73) - US$ 45º)00 e 7.800 pontos
SEMIFINAIS
FEMININAS – 3.o lugar com 6º)85 pontos e US$ 25º)00:
1ª)
Moana Jones Wong (HAV) 14,00 x 9,76 Tyler Wright (AUS)
2ª)
Carissa Moore (HAV) 7,84 x 1,26 Lakey Peterson (EUA)
TOP-10
DO WSL CHAMPIONSHIP TOUR 2022:
1ª)
Moana Jones Wong (HAV) – 10º)00 pontos
2ª)
Carissa Moore (HAV) – 7.800
3ª)
Tyler Wright (AUS) – 6º)85
3ª)
Lakey Peterson (EUA) – 6º)85
5ª)
Johanne Defay (FRA) – 4.745
5ª)
Isabella Nichols (AUS) – 4.745
5ª)
Malia Manuel (HAV) – 4.745
5ª)
Brisa Hennessy (CRI) – 4.745
9ª)
Tatiana Weston-Webb (BRA) – 2.610
9ª)
Sally Fitzgibbons (AUS) – 2.610
TOP-22
DO WSL CHAMPIONSHIP TOUR 2022:
1º)
Kelly Slater (EUA) – 10º)00 pontos
2º)
Seth Moniz (HAV) – 7.800
3º)
Miguel Pupo (BRA) – 6º)85
3º)
Caio Ibelli (BRA) – 6º)85
5º)
Kanoa Igarashi (JPN) – 4.745
5º)
John John Florence (HAV) – 4.745
5º)
Samuel Pupo (BRA) – 4.745
5º)
Lucca Mesinas (PER) – 4.745
9º)
Filipe Toledo (BRA) – 3.320
9º)
Italo Ferreira (BRA) – 3.320
9º)
Jordy Smith (AFR) – 3.320
9º)
Leonardo Fioravanti (ITA) – 3.320
9º)
Callum Robson (AUS) – 3.320
9º)
João Chianca (BRAAUS) – 1.330
17º)
Deivid Silva (BRA) – 1.330
17º)
Ethan Ewing (AUS) – 1.330
-----------outros
sul-americanos:
17º)
Miguel Tudela (PER) – 1.330 pontos
33º)
Gabriel Medina (BRA) – 265
33º)
Yago Dora (BRA) – 265
33º)
Jadson André (BRA) – 265
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