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quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Luana Madeira foca em vaga para os Jogos de Tóquio

Atleta supera os transtornos com a vizinhança na pandemia. Barulho nos treinos acabou atrapalhando no início da pandemia, mas destaque nas categorias de base do levantamento de pesos mostra-se determinada.

Luana teve de superar a reclamação dos vizinhos para treinar. 
Colaboração de texto e foto: Nelson Ayres/Fato&Ação Comunicação
 
Luana Madeira está pronta para o principal desafio de sua carreira. A jovem mineira, que completa 23 anos no dia 31, é uma das principais promessas do levantamento de pesos do Brasil, somando três vice-campeonatos mundiais nas categorias de base (um sub-17 e dois sub-20). Agora, a meta é outra: chegar aos Jogos Olímpicos de Tóquio.
 
Para isso, teve até de superar a reclamação dos vizinhos durante a pandemia. Vigésima colocada no ranking olímpico da categoria 49kg, Luana precisou se adaptar durante este tempo. O levantamento de pesos não é propriamente, o esporte mais silencioso do mundo e isso incomodou os vizinhos, causando transtornos para a atleta. “Fiquei meses treinando em um galpão, onde não podia fazer barulho para treinar e também não podia errar ou jogar peso no chão. Depois, eu consegui me mudar para um box de Crossfit, pagando um valor mensal, treinando sozinha, somente com contato do treinador por vídeo. Muitas vezes pensei em desistir, e me senti sozinha e triste. Ainda me sinto, mas tudo que penso é lutar pelo sonho. Não deixei de treinar um dia sequer. Eu não vou desistir, até o último minuto”, lembra, determinada a conquistar o tão sonhado carimbo no passaporte olímpico.
 
Luana teve de mudar seus treinamentos. Precisou se adaptar aos exercícios online, com o técnico David Montero. “São dez meses em contato do treinador por vídeo. Se fosse antigamente, talvez não conseguiria treinar. Visualizamos os exercícios e tentamos acompanhar. Não tem nenhum exercício difícil de acompanhar, o mais difícil é treinar sem companheiros. Apesar de o esporte ser individual, é bom ter uma equipe e treinar em equipe”, explica.
 
A atleta faz questão de agradecer ao apoio recebido da Confederação Brasileira de Levantamento de Pesos e da Secretaria Especial de Esportes. Diz sentir falta das viagens para competir e se prepara para brilhar no esporte: “É uma situação que jamais imaginei passar e que iria durar tanto tempo. Foi o ano mais difícil de toda minha carreira, e com certeza para todos os atletas. Apesar de tudo, sempre penso que posso aguentar um pouco. Sou resistente para aguentar o processo. A única certeza que tenho é que em algum momento as coisas vão dar certo. Pode ser amanhã, daqui a meses, mas o momento de brilhar vai chegar. E tudo o que desejo é estar bem neste momento”.
 

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