sexta-feira, 23 de agosto de 2024

Tatiana e Yago seguem na busca por vagas nos top-5 do ranking no Corona Fiji Pro

Tatiana Weston-Webb x Tyler Wright nas semifinais, Yago Dora pega Jack Robinson nas quartas de final, Italo ficou nas oitavas e Medina parou nas quartas, próxima chamada: 15h45 da sexta-feira no Brasil.
 
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Tatiana confirma vaga nas top-5 se vencer bateria.
Colaboração de texto: João Carvalho/Gabriel Gontijo/©WSL
Colaboração de foto: Aaron Hughes/©WSL

O catarinense Yago Dora e a gaúcha Tatiana Weston-Webb são os únicos brasileiros que seguem na busca por vaga nos top-5 do ranking, que vão disputar os títulos mundiais da temporada no Lexus WSL Finals em Trestles, na Califórnia. Tatiana confirma seu nome se passar pela australiana Tyler Wright nas semifinais do Corona Fiji Pro apresentado por Bonsoy. E o Yago também garante vaga se vencer Jack Robinson nas quartas de final. Italo Ferreira perdeu nas oitavas de final e seu quarto lugar no ranking fica ameaçado, enquanto Gabriel Medina foi barrado nas quartas e ficou de fora do grupo dos 5 concorrentes ao título mundial de 2024.

A bateria do Medina acabou sendo a última da sexta-feira, porque entrou um vento muito forte que afetou a formação das ondas em Cloudbreak. Antes, Griffin Colapinto tinha detonado uma esquerda com uma série de batidas e rasgadas de backside, que receberam nota 8,33 dos juízes. Gabriel Medina já havia conseguido a maior nota do Corona Fiji Pro esse ano nas oitavas de final, 9,87 contra outro californiano, Jake Marshall. O tricampeão mundial ficou arriscando os aéreos para superar Griffin Colapinto, o máximo que conseguiu foi 6,83 e o americano avançou para as semifinais, por 13,83 a 10,16 pontos.
Gabriel Medina no tubo que ganhou a maior nota Corona Fiji Pro 2024 (Crédito da Foto: @WSL / Aaron Hughes)
O vice-líder no ranking do CT 2024, já tinha derrotado Gabriel Medina também nas quartas de final do Vivo Rio Pro apresentado por Corona em Saquarema. O tricampeão mundial precisava chegar na final pela quarta vez em Fiji, para superar o campeão olímpico Italo Ferreira, que tinha sido eliminado numa bateria fraca de ondas nas oitavas de final, contra o havaiano Barron Mamiya. O potiguar agora fica ameaçado de sair dos top-5. Isso acontecerá se Yago Dora e Ethan Ewing passarem para as semifinais. 

Após a bateria do Medina com Griffin Colapinto, já com o vento agindo negativamente na formação das ondas em Cloudbreak, a comissão técnica paralisou a competição para ver se as condições melhorariam. No entanto, não mudaram e o duelo do Yago Dora com Jack Robinson na segunda quarta de final, ficou para abrir o último dia do Corona Fiji Pro. A chamada do sábado foi marcada até mais cedo, 6h45 em Fiji, que no fuso horário de Brasília serão 15h45 da sexta-feira. O australiano já tem sua vaga garantida nos top-5 e Yago Dora confirma seu nome se passar essa bateria.
Yago Dora vai decidir sua vaga na bateria que ficou para abrir o último dia (Crédito da Foto: @WSL / Aaron Hughes)
DOIS BRASILEIROS NOS TOP-5 - Caso se classifique para as semifinais, Yago Dora já tira o quarto lugar no ranking do Italo Ferreira, que cai para a quinta posição. Mas, se o australiano Ethan Ewing derrotar o havaiano Barron Mamiya na última quarta de final, ele tira o potiguar da lista dos 5 concorrentes ao título mundial de 2024 no Lexus WSL Finals. Se o Yago vencer e o Ethan perder, dois brasileiros terminam entre os top-5 do ranking do World Surf League Championship Tour 2024, o catarinense e Italo Ferreira.

Assim como Yago DoraTatiana Weston-Webb também confirma seu nome entre as 5 concorrentes ao título mundial, se vencer a sua próxima bateria no Corona Fiji Pro em Cloudbreak, onde ela foi vice-campeã na última etapa do CT lá disputada, em 2017. Na sexta-feira, a brasileira despachou a californiana Sawyer Lindblad na repescagem, depois passou pelas quartas de final derrotando a costa-ricense Brisa Hennessy, que mora em Fiji. A batalha final pela vaga no Lexus WSL Finals, é contra a bicampeã mundial Tyler Wright.
Tatiana Weston-Webb ganhou duas baterias na sexta-feira em Cloudbreak (Crédito da Foto: @WSL / Matt Dunbar)
TRANSMISSÃO AO VIVO - Todas as etapas do World Surf League Championship Tour 2024 podem ser assistidas ao vivo no Sportv Globoplay, parceiros de mídia da WSL no Brasil. Neste ano, a transmissão em português pelos canais da World Surf League, pela primeira vez está sendo produzida no Brasil e também pelo WorldSurfLeague.com e pelo Aplicativo Canal da WSL no YouTube, pode ser acessada a transmissão em espanhol e em inglês.

Corona Fiji Pro apresentado por Bonsoy é realizado com patrocínios de Corona, Bonsoy, Tourism Fiji, Red Bull, SHISEIDO, YETI, Surfline, True Surf, Eventbrite, Apple Watch, Fiji Marriott Resort Momi Bay, Tavarua Island Resort, Fiji Airways, Jack’s of Fiji, Oakberry e Mophie.
Italo Ferreira perdeu e fica na expectativa para não sair dos top-5 (Crédito da Foto: @WSL / Aaron Hughes)
PRÓXIMAS BATERIAS DO CORONA FIJI PRO:

QUARTAS DE FINAL - 5.o lugar com US$ 20.000 e 4.745 pontos:
1.a: Griffin Colapinto (EUA) 13,83 x 10,16 Gabriel Medina (BRA)
2.a: Jack Robinson (AUS) x Yago Dora (BRA)
3.a: Rio Waida (IDN) x Imaikalani deVault (HAV)
4.a: Ethan Ewing (AUS) x Barron Mamiya (HAV)

SEMIFINAIS - 3.o lugar com US$ 40.000 e 6.085 pontos:
1.a: Tatiana Weston-Webb (BRA) x Tyler Wright (AUS)
2.a: Molly Picklum (AUS) x Erin Brooks (CAN)

RESULTADOS DA SEXTA-FEIRA NO CORONA FIJI PRO:

REPESCAGEM - 9.o lugar (US$ 13.500 e 2.610 pts):
1.a: Brisa Hennessy (CRC) 6,07 x 4,84 Sierra Kerr (AUS)
2.a: Johanne Defay (FRA) 12,50 x 8,20 Bettylou Sakura Johnson (HAV)
3.a: Erin Brooks (CAN) 11,16 x 9,83 Gabriela Bryan (HAV)
4.a: Tatiana Weston-Webb (BRA) 11,50 x 9,40 Sawyer Lindblad (EUA)

QUARTAS DE FINAL - 5.o lugar com US$ 20.000 e 4.745 pontos:
1.a: Tyler Wright (AUS) 11,47 x 9,94 Caroline Marks (EUA)
2.a: Tatiana Weston-Webb (BRA) 12,34 x 11,44 Brisa Hennessy (CRC)
3.a: Erin Brooks (CAN) 15,33 x 11,60 Caitlin Simmers (EUA)
4.a: Molly Picklum (AUS) 13,73 x 13,17 Johanne Defay (FRA)

OITAVAS DE FINAL - 9.o lugar com US$ 13.500 e 3.320 pontos:
1.a: Griffin Colapinto (EUA) 14,50 x 12,23 Seth Moniz (HAV)
2.a: Gabriel Medina (BRA) 14,94 x 12,60 Jake Marshall (EUA)
3.a: Jack Robinson (AUS) 12,34 x 11,50 Connor O´Leary (JAP)
4.a: Yago Dora (BRA) 14,26 x 11,26 Ramzi Boukhiam (MAR)
5.a: Imaikalani deVault (HAV) 11,33 x 7,44 John John Florence (HAV)
6.a: Rio Waida (IDN) 15,43 x 11,40 Crosby Colapinto (EUA)
7.a: Barron Mamiya (HAV) 11,67 x 8,80 Italo Ferreira (BRA)
8.a: Ethan Ewing (AUS) 12,40 x 7,60 Ryan Callinan (AUS)

Continuação do Circuito Banco do Brasil de Surfe é adiada para o sábado em São Sebastião

Maresias já amanheceu com poucas ondas na sexta-feira, Day off foi efetivado na reunião com as atletas, as 13h30, a espera foi para tentar iniciar a competição feminina, a previsão é reiniciar a competição as 7h00 no sábado.
 
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As atividades extras continuaram na sexta em Maresias.
Colaboração de texto: João Carvalho/Gabriel Gontijo/©WSL
Colaboração de foto:  Daniel Smorigo/©WSL
 
A sexta-feira amanheceu com ondas muito pequenas na Praia de Maresias e a continuação do Circuito Banco do Brasil de Surfe foi adiada para o sábado em São Sebastião. A decisão aconteceu na quarta chamada do dia, as 13h30, após reunião com as surfistas da competição feminina. As previsões indicam que as condições estarão melhores no sábado e a primeira chamada foi antecipada para reiniciar o evento às 7h00. A comissão técnica decidirá qual a categoria entrará no mar primeiro, se a masculina ou a feminina. Na sexta-feira não teve competição, mas as atividades extras para o público rolaram durante todo o dia na Praia de Maresias.

“Nosso objetivo é sempre encontrar as melhores condições para os surfistas competirem e ficamos na expectativa para dar início na categoria feminina, pois a masculina já começou na quinta-feira”, destacou Roberto Perdigão, Tour Manager da WSL Latin America. “As ondas estavam pequenas de manhã, então fizemos a primeira chamada as 7h30, a segunda as 9h00, outra as 10h00 e essa agora das 13h30 só para as meninas. Existia a possibilidade de ter mais ondas com a maré subindo, mas nada disso aconteceu. Então fizemos essa última reunião com as participantes e todas escolheram deixar para competir amanhã (sábado), que as condições estarão melhores, com ondas maiores”.
Roberto Perdigão com as jovens surfistas da primeira fase feminina (Crédito da Foto: @WSL / Daniel Smorigo)
“Com esse dia off, sem competição, vamos então marcar a chamada de amanhã mais cedo, as 6h30 para começar as 7h00. A gente vai então avaliar se começa com as meninas ou se continua a segunda fase do masculino”, disse Roberto Perdigão. “Se começar pelas meninas, podemos fazer a primeira fase, a segunda e as quartas de final, para depois seguir com o masculino até o fim do dia. A previsão é de o mar estar bem grande no domingo, então poderemos ter condições mais desafiadoras para fechar o evento”.

As ondas realmente estavam pequenas na sexta-feira, com poucas séries entrando na Praia de Maresias desde as primeiras horas da manhã em São Sebastião. Esta quarta das cinco etapas do Circuito Banco do Brasil de Surfe 2024, decide quem ganhará os convites (wildcards) para participar do Corona Saquarema Pro apresentado por Banco do Brasil, que vai fechar o Challenger Series nos dias 12 a 20 de outubro na Praia de Itaúna. Vence quem ficar na primeira colocação do ranking especial computando os pontos somente dos resultados das 4 etapas do Circuito Banco do Brasil de Surfe.
Sexta-feira de ondas muito pequenas na Praia de Maresias (Crédito da Foto: @WSL / Daniel Smorigo)
Na quinta-feira, o líder Matheus Navarro perdeu e 12 surfistas têm chances de tirar o seu convite na Praia de Maresias. No feminino, Laura Raupp está na frente, mas já disputa o Challenger Series esse ano, então não precisa do convite. É a mesma situação da vice-líder, Daniella Rosas, do Peru. Então, quem está ficando com o convite para o Challenger Series de Saquarema, é a carioca Julia Duarte, terceira colocada no ranking das 3 etapas do Circuito Banco do Brasil de Surfe realizadas esse ano. Julia também participou da reunião que decidiu o adiamento da competição na sexta-feira.

“Hoje realmente tava muito pequeno o mar, amanhã (sábado) vai ter um tamanho maior e acho que o surfe feminino, as meninas, estão surfando bem. Acredito que podemos mostrar nosso potencial em ondas melhores”, disse Julia Duarte, que vai estrear na segunda bateria da segunda fase, junto com Daniella Rosas e a paulista Kiany Cristina“Amanhã e domingo vai estar grande e bora pra cima. Estou disputando a vaga pro Challenger Series de Saquarema e vamos com tudo”.
Matheus Navarro perdeu nos minutos finais e agora fica na expectativa (Crédito da Foto: @WSL / Daniel Smorigo)
ATIVIDADES EXTRAS – Na sexta-feira não teve show de surfe dentro d´água, mas as atividades extras para o público rolaram o dia todo na Praia de Maresias. Foram realizadas duas ações sobre preservação ambiental para alunos da rede pública, com apoio da Secretarias Municipais de Educação (Seduc) e de Meio Ambiente (Semam) de São Sebastião. Na parte da manhã, fizeram o plantio de árvores nativas na Rua 14 e colocaram placas com os nomes das espécies e podem acompanhar o crescimento.

De tarde, outra turma participou da oficina de bolas-sementes da Mata Atlântica que doadas para dois projetos: o primeiro trabalha educação ambiental de crianças com jardins polinizadores no viveiro municipal e o segundo, recupera 203 hectares do litoral norte paulista.

No sábado, se a previsão de chuva deixar, a programação começa às 10h com surfe inclusivo para alunos do Onda Azul São Sebastião, para jovens com autismo e síndrome de Down. Também no sábado, de tarde acontece o programa Novas Ondas incentivado pela WSL Latin America, com surfistas profissionais interagindo e surfando com alunos do Instituto Esporte e Educação (IEE) de São Sebastião. 
Ação de plantio de mudas na Rua 14 na sexta-feira na Praia de Maresias (Crédito da Foto: Mateus Pereira)
“Fã e Apoiador do Surfe Brasileiro” é o slogan do Circuito Banco do Brasil de Surfe 2024, que promove 5 etapas do Qualifying Series esse ano, valendo pontos para o ranking regional da WSL South America. As três primeiras aconteceram em Torres (RS), Saquarema (RJ) e Marechal Deodoro (AL). A quarta é agora em São Sebastião (SP), que está sendo transmitida ao vivo da Praia de Maresias pelo WorldSurfLeague.com.

PRÓXIMAS BATERIAS DO CIRCUITO BANCO DO BRASIL DE SURFE:

PRIMEIRA FASE - 3.a=17.o lugar (200 pts) e 4.a=19.o lugar (186 pts):
1.a: Julia Luz (SP), Manuela Medeiros (SP), Luana Reis (SP)
2.a: Natalia Gerena (SP), Maeva Guastala (SP), Luiza Savoi (SP), Nalu Carratu (SP)

SEGUNDA FASE - entrada das 12 cabeças de chave:
----1.a e 2.a=Quartas de Final / 3.a=9.o lugar (350 pts) e 4.a=13.o lugar (295 pts)
1.a: Sophia Medina (SP), Sophia Gonçalves (SP), Sol Carrion (SP), 1.a da 1.a da 1.a fase
2.a: Daniella Rosas (PER), Julia Duarte (RJ), Kyany Cristina (SP), 2.a da 1.a
3.a: Tainá Hinckel (SC), Vera Jarisz (ARG), Mayara Zampieri (SP), 1.a da 2.a
4.a: Laura Raupp (SC), Alexia Monteiro (SC), Victoria Muñoz Larreta (ARG), 2.a da 2.a

SEGUNDA FASE - 3.o=33.o lugar (66 pontos) e 4.o=49.o lugar (60 pts):
-----------as 6 primeiras fecharam a quinta-feira
7.a: Rodrigo Saldanha (SP), Thiago Camarão (SP), Luan Carvalho (SP), Murillo Coura (SP)
8.a: Miguel Pupo (SP), Wiggolly Dantas (SP), Walley Guimarães (SC), Krystian Kymerson (ES)
9.a: Deivid Silva (SP), Wallace Vasco (SC), João Victor Scharnovski (BA), Hizunome Bettero (SP)
10: Vitor Ferreira (RJ), Alex Ribeiro (SP), Arthur Germano (SP), Thiago Meneses (SP)
11: José Francisco (PB), Gabriel Klaussner (SP), Kailani Renno (SP), Pedro Araujo (SP)
12: Wesley Leite (SP), Daniel Adisaka (SP), Mariano Arreyes (ARG), Pedro Martins (SP)
13: Igor Moraes (SP), Fabricio Rocha (SP), Takeshi Oyama (SC), Cauã Gonçalves (SP)
14: Rickson Falcão (RJ), Caio Costa (SP), Joaquin Munoz Larreta (ARG), Marcell Neves (SP)
15: Felipe Oliveira (SP), Gabriel André (SP), Renan Pulga (SP), Daniel Duarte (SP)
16: Lucas Vicente (SC), Diego Aguiar (SP), Yan Sondahl (RJ), Leo Casal (SC)

A jornada de superação de Gabriel Durace no BMX

Nascido em um dos bairros mais perigosos de São Paulo, Gabriel Durace supera dificuldades e se torna destaque no BMX Freestyle com o apoio da Ursofrango.
 
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A jornada de superação de Gabriel Durace no BMX.
Colaboração de texto e foto: Rodrigo Bauso/KR2
 
Gabriel Ribeiro, mais conhecido como Gabriel Durace, é um exemplo de superação e determinação. Nascido e criado em Lorena, em São Paulo, Gabriel enfrentou os desafios de viver em uma área de alta criminalidade, mas encontrou no esporte uma forma de transformar sua realidade. Influenciado pelo irmão mais velho, ele descobriu o BMX e se apaixonou pela modalidade.
 
Com o apoio incondicional de sua mãe, que trabalhava em uma pizzaria, Gabriel conseguiu sua primeira bicicleta, comprada com muito esforço e parcelada em 12 vezes. Porém, a fragilidade do material fez com que a bicicleta quebrasse após três meses. “Fiquei decepcionado, triste e preocupado”, relembra Gabriel.
 
Determinado a continuar, Gabriel começou a treinar no CSU, um centro social urbano em Lorena. Foi lá que ele conheceu o BMX Freestyle e decidiu se especializar nessa modalidade. No entanto, as limitações da pista local o levaram a buscar melhores condições de treino na cidade vizinha, Taubaté, que possui a maior pista coberta de madeira da América Latina.
 
Sem recursos financeiros, Gabriel contava com a ajuda de um amigo DJ que trabalhava em um açougue e lhe dava R$15 para as viagens de ônibus. “Treinava na pista e voltava, era um ciclo”, conta Gabriel. Seu talento começou a se destacar, e ele se inscreveu no seu primeiro campeonato em São Paulo, onde ficou em sétimo lugar.
 
A virada na carreira de Gabriel aconteceu quando ele decidiu participar do Jump Festival, um evento transmitido pela Globo. Sem dinheiro para a viagem, sua mãe fez mais um sacrifício financeiro, usando o dinheiro da conta de luz para que Gabriel pudesse competir. Ele se consagrou campeão, ganhando prêmios e visibilidade que atraíram patrocinadores
 
Entre os apoiadores, destacou-se a Ursofrango, uma marca de streetwear que destina 100% dos seus lucros ao investimento em atletas de modalidades radicais. Com o apoio da Ursofrango, Gabriel conseguiu levar sua carreira a novos patamares.
 
Hoje, Gabriel e a Ursofrango trabalham juntos em projetos sociais para levar o BMX a comunidades carentes, oferecendo às crianças as mesmas oportunidades que ele teve. “O objetivo é levar uma criança de comunidade para as Olimpíadas”, diz Gabriel, que sonha em ver mais jovens de periferia brilhando no esporte.

quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Buscas por triathlon crescem 82% na internet e modalidade ganha destaque no Brasil

Levantamento, feito pela Semrush, também apontou o aumento no interesse dos brasileiros pelas modalidades que compõem o esporte.
 
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Linha de chegada IRONMAN 70.3.
Colaboração de texto: Philipe Alves/NR7
Colaboração de foto: Unlimited Sports
 
O triathlon, uma das competições esportivas mais desafiadoras e completas, está ganhando cada vez mais popularidade entre os brasileiros. De acordo com um estudo da Semrush, plataforma de marketing digital especializada em visibilidade online, as buscas feitas na internet pelo termo "triathlon" aumentaram significativamente no último ano, registrando um crescimento de 82,43%. O termo saltou de 14,8 mil pesquisas em maio de 2023 para 27,1 mil no mesmo período de 2024.
 
O levantamento também mostra um interesse crescente pelas modalidades que compõem o triathlon. A natação, que abre o combinado, lidera as pesquisas, com 135 mil buscas no último mês, um crescimento de 49.17% no último ano. A corrida também atraiu grande atenção, com 60,5 mil buscas (+22.22%), seguida pelo ciclismo, que teve 22,2 mil pesquisas (+22.65%).
 
“O Brasil tem uma vasta natureza e áreas perfeitas para a prática de esportes outdoor, além de um clima que privilegia esse tipo de atividades. Aproveitar isso tudo é o caminho natural.” comenta Erich Casagrande, Líder de Marketing da Semrush no Brasil. “Outro ponto que reflete o crescimento do interesse por esses esportes é a flexibilidade. Corrida, natação, bike, são atividades que você consegue treinar sozinho no seu horário.”
 
Interesse além da internet
 
Essa percepção e busca por termos relacionados ao triathlon não se limitam a internet, as competições também estão em alta. Segundo dados da Unlimited Sports, empresa que promove o IRONMAN e o IRONMAN 70.3 no Brasil, nos últimos 5 anos, houve um aumento significativo no número de inscrições do IRONMAN 70.3, prova que contempla o percurso de 1.9km de natação, 90km de ciclismo e 21,1km de corrida.
 
“Após a pandemia ficou claro que as pessoas sentiram muita falta desse ambiente de competição e confraternização proporcionado pelos eventos esportivos. Apesar de serem esportes individuais, a natação, corrida e ciclismo também podem ser praticados dentro de ambientes controlados, como a própria residência e academias em condomínios. E foi também uma forma que as pessoas encontraram para se manter em movimento durante o difícil período que o mundo enfrentou”, comenta Carlos Galvão, CEO da Unlimited Sports 
 
Para quem se interessou, mas acha que ainda não está pronto para esse desafio, existem provas com distâncias mais curtas e acessíveis, como é o caso do circuito Itaú BBA TRIDAY Series. São 3 distâncias: STANDARD (1,5 km de natação, 40 km de ciclismo e 10 km de corrida), SPRINT (750 metros de natação, 20 km de ciclismo e 5 km de corrida) e SUPER SPRINT (375 metros de natação, 10 quilômetros de ciclismo e 2,5 quilômetros de corrida), sendo essa última o percurso ideal para aqueles que estão iniciando ou até mesmo tem curiosidade em saber como é um triathlon.
 
“O Itaú BB TRIDAY Series foi criado para ser a porta de entrada para o triathlon e, consequentemente, fazer com que o atleta se desenvolva, tendo condições de completar um IRONMAN 70.3 ou um IRONMAN”, pontua Galvão. “Nosso objetivo é tornar essas competições cada vez mais populares e fazer com que cada vez mais pessoas se aproximem dessa jornada única e gratificante de superação” finaliza.

sábado, 17 de agosto de 2024

Conheça os pequenos pilotos do off-road de competição

Trilhas que oportunizam emoção, também se tornam espaços de aprendizados, união entre a família e um imenso mundo de descobertas.

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Duda Otávio Bolachinha.
Colaboração de texto e foto: Patrícia Stedile/Viviane Carpes/Engenharia de Comunicação

Tanto meninas quanto meninos estão trilhando caminhos repletos de emoção e desafios no mundo off-road. Desde cedo, esses entusiastas têm mergulhado no universo das trilhas, encontrando uma vida repleta de aventuras que se diferencia, mas nem por isso é menos vibrante, das rotinas escolares e dos encontros com os amigos. Em um país apaixonado pelo futebol, essa nova geração está driblando a poeira e a lama, marcando gols de disciplina e determinação.
 
A jovem Eduarda Campos Araújo é um exemplo. Aos 12 anos, a paulistana de Mairiporã desenvolveu um interesse pelo esporte dentro de casa. Foi ao lado do pai e da mãe, ambos pilotos, que ela aprendeu sobre as primeiras cilindradas. “Ganhei minha primeira motinho aos seis anos”, lembra.
 
Em 2023, Duda começou a participar de competições e desde então não parou de acelerar. “Estive na primeira etapa do Campeonato Brasileiro e do Paulista”, compartilha. “Ano passado, conquistei o segundo lugar no Paulista e no Brasileiro”. Aluna do sétimo ano, a piloto encontra no entusiasmo dos amigos de classe seu maior estímulo para a carreira.
 
Outra fonte de inspiração é Barbara Neves, piloto goiana, pentacampeã brasileira e duas vezes campeã latino-americana de motocross. “Quero levar o esporte para o nível profissional, de verdade. Meu objetivo é chegar ao mesmo patamar que a Bárbara. Ela é uma grande inspiração”. Apesar da pouca idade, Duda já inspira outros e quando fala sobre motos, demonstra uma paixão única. “O motor da moto é como o meu coração. O som do motor me acalma”, expressa.
 
Eduarda Campos Araújo
 
João Gabriel, conhecido como “Bolachinha”, é um jovem talento natural de Montenegro, no Rio Grande do Sul, que também conta com o apoio da GAIA. Desde os cinco anos, ele vem competindo em importantes campeonatos, acumulando uma impressionante lista de títulos, como o tricampeonato gaúcho de velocross em 2021, 2022 e 2023, além do bicampeonato gaúcho de motocross e o título de campeão sul-brasileiro de motocross. Seu amor pelas duas rodas foi herdado do pai, e desde então, o motociclismo se tornou o centro de suas paixões.
 
“Quando o João aprendeu a andar de bicicleta sem rodinhas, aos três anos, comprei uma moto de ‘cordinha’ para ele. Ele foi se apaixonando, progredindo bem e eu percebi seu talento. Na época, eu também tinha uma moto, mas decidi investir nele. Tem valido a pena”, compartilha o pai, Rafael Ritter Wovst. Hoje em dia, toda a família se envolve na rotina de treinos do “Bolachinha”, transformando o off-road em um estilo de vida para os gaúchos.
 
A rotina de treinos é intensa. Para acessar boas pistas, Rafael leva seu filho até três vezes por semana às cidades mais próximas, que oferecem melhor estrutura. Eles partem de casa bem cedo, antes do amanhecer, com João dormindo, até chegarem ao destino. “Além disso, há também natação, treino funcional, escola, enfim, muitas outras atividades”, acrescenta o pai. Com o apoio da GAIA, essa paixão se torna ainda mais vibrante, tornando cada curva uma emoção única para toda a família. “Não conseguimos imaginar nossa vida sem o motocross”, conclui Rafael.
 
João Gabriel, o “Bolachinha”
 
Outra história, que renderia, inclusive, um livro, é a do piloto Otávio Passoni. Aos dez anos de idade, ele já brilha como uma das estrelas patrocinadas pela GAIA. Seu interesse pelo universo do motociclismo começou naturalmente aos quatro anos, quando todos os seus brinquedos e conversas estavam relacionados a veículos de duas rodas. Embora tenha ganhado sua primeira versão off-road ainda pequeno, Otávio não se encantou muito, pois, segundo seu pai, "não tinha cheiro de moto". Após adquirirem outra, Otávio acompanhou sua família em uma trilha e, em determinado momento, mirou em um morrinho e desceu em um salto, com um sorriso no rosto e dizendo que precisava "rampar".
 
O investimento feito no jovem piloto logo começou a render frutos, com apoios e patrocínios, inclusive da MXF e da GAIA, que acreditaram no potencial de Otávio desde cedo. Um dos marcos em sua jovem carreira foi sua estreia no Arena Cross em 2022, onde se destacou na seletiva, classificando-se entre os melhores em três das quatro etapas. Em 2024, Otávio participa novamente da prova, além dos campeonatos Paulista e Brasileiro na categoria 65 cilindradas.
 
Com uma sabedoria surpreendente para sua idade, Otávio encara o esporte com maturidade, afirmando que não se deve enxergar o oponente como seu maior concorrente, mas sim valorizar o talento e o esforço de cada um. Com sua família, o jovem piloto compartilha uma marca criada no lar, a 237, que é reconhecida em suas redes sociais. Essa combinação de 23 + 7 é uma homenagem ao número que Fabiano usava em sua moto enquanto piloto e também representa a data de nascimento do pequeno grande piloto.
 
Otávio Passoni
 
"É sempre uma aventura emocionante ver as crianças e jovens se divertindo ao ar livre, explorando a natureza e aprendendo sobre superação de desafios. As trilhas off-road proporcionam uma oportunidade única para as crianças se conectarem com a natureza, desenvolverem habilidades motoras e aprenderem sobre trabalho em equipe", enfatiza Anderson Santi, da GAIA MX. Ele destaca ainda que a sensação de liberdade e a adrenalina de superar obstáculos são experiências que "ficarão marcadas para sempre na memória delas".
 
Além da rotina saudável, a vida sobre duas rodas traz outros ensinamentos valiosos, como destaca Santi. "Ao invés de ficarem em ambientes fechados, as crianças e jovens são levadas para o meio da natureza, onde podem explorar diferentes terrenos e conhecer a diversidade que nenhuma tela de smartphone consegue entregar", diz.
 
Ele ainda ressalta que a participação em atividades off-road ensina às crianças habilidades técnicas importantes, como manobrar veículos em terrenos acidentados, entender mecânica básica e seguir regras de segurança. "Superar desafios é outra grande lição que o esporte oferece. A sensação de conquistar um obstáculo difícil ou dominar uma nova habilidade pode ser extremamente gratificante e fortalecedora para os jovens".
 
Os jovens pilotos são patrocinados pela GAIA MX. Com distribuição nacional, a marca que está impulsionando a nova geração de entusiastas do off-road de competição. A empresa apoia o sonho daqueles que, desde jovens, aspiram a cruzar a linha de chegada e transformar o esporte em uma carreira. Há quase uma década, a marca foi adquirida pela MXF, uma montadora sediada no Paraná, com o objetivo de promover novos talentos e ampliar a oferta de produtos e acessórios para os atletas. Além dos veículos, a MXF, agora com a GAIA, consolidou sua posição no mercado como uma das principais fornecedoras de óculos para a prática profissional e amadora do automobilismo no país.
 
SOBRE A GAIA MX
 
A GAIA MX nasceu da paixão pelo motociclismo, impulsionada pela busca incessante pela excelência. A marca desenvolve produtos com tecnologia de ponta, mantendo preços acessíveis para todos os entusiastas. Seus óculos são projetados para atender aos mais rigorosos padrões de segurança, oferecendo não apenas proteção, mas também estilo, com uma variedade de combinações de cores exclusivas e uma ampla gama de acessórios, como lentes de reposição, tear-off e roll-off. Disponíveis em revendedores em todo o Brasil e na loja online oficial, os produtos da GAIA são acessíveis tanto para os pilotos profissionais quanto para os amantes do motociclismo de lazer.

Ian Gouveia confirma primeira vaga do Challenger Series para a elite da WSL em 2025

Mais 5 brasileiros estão entre os top-10 no momento, 6 surfistas do Brasil passaram para as oitavas de final, são 4 na busca do título masculino e 2 pelo feminino, Lexus US Open of Surfing termina neste domingo.
 
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Ian Gouveia conquistando para as oitavas de final.
Colaboração de texto: João Carvalho/Gabriel Gontijo/©WSL
Colaboração de foto: Pat Nolan/@WSL
 
Seis surfistas do Brasil passaram para as oitavas de final do Lexus US Open of Surfing apresentado por Pacífico, na sexta-feira de boas ondas em Huntington Beach, na Califórnia. Ian Gouveia já confirmou a primeira vaga do Challenger Series, para a elite do World Surf League (WSL) Championship Tour (CT) de 2025. Mais cinco brasileiros estão na lista dos 10 indicados no momento, mas só Michael Rodrigues e Miguel Pupo seguem na busca do título na etapa norte-americana, junto com Ian e Caio Ibelli. Na competição feminina, Luana Silva e Sophia Medina também avançaram para as oitavas de final, que serão realizadas neste sábado, ao vivo no WorldSurfLeague.com.
O novo top do CT 2025, Ian Gouveia, vai disputar a primeira vaga para as quartas de final do Lexus US Open of Surfing com o jovem australiano Jarvis Earle. Nos duelos seguintes, Miguel Pupo enfrenta o japonês Riaru Ito e Michael Rodrigues pega o mexicano Alan Cleland. Depois, tem Caio Ibelli contra o australiano George Pittar na quinta bateria, fechando a participação brasileira nas oitavas de final masculinas. Nas femininas, Luana Silva também tenta a primeira vaga nas quartas de final contra a australiana Ellie Harrison e Sophia Medina entra na terceira bateria, com a francesa Tessa Thyssen. 

Ian Gouveia vibrou bastante quando se classificou na bateria com três brasileiros, que foi vencida pelo japonês Riaru Ito. Ele não sabia, mas já estava matematicamente garantido no grupo dos 10 indicados pelo Challenger Series, mesmo que não passasse para as oitavas de final. Ian assumiu a liderança do ranking com a vitória na etapa passada, em Ballito na África do Sul. Agora, já confirmou sua vaga por antecipação, na quarta das seis etapas do circuito de acesso para o CT. Ele fez parte da elite em 2017 e 2018 e vinha tentando recolocar o sobrenome Gouveia novamente entre os melhores surfistas do mundo durante estes 6 anos.
Ian Gouveia feliz com a vaga já garantida no CT por bastante antecipação (Crédito da Foto: @WSL / Emma Sharon)
“Tenho que agradecer muito a minha família e meus patrocinadores, que continuaram acreditando no meu surfe, na minha carreira”, disse Ian Gouveia“Foram longos 6 anos e no começo desse ano, falei que esse seria um ano de vida ou morte. Eu pensava que, talvez, seria a hora de fazer outra coisa, curtir a família, o freesurf, algo assim. Só que tinha minha vaga no Challenger Series, então pensei que tinha que dar mais esse tiro. Desde Snapper, meu pensamento estava em cada bateria, dar 100% em cada manobra, sem medo de cair, de falhar. Eu só fui com tudo e deu certo pra mim. Estou muito feliz por conseguir dar isso para a minha família, aos meus patrocinadores e todo o meu time”.

Seu pai, Fábio Gouveia, foi um dos pioneiros do Brasil a competir no Circuito Mundial em todas as etapas, junto com Teco Padaratz e Piu Pereira no final dos anos 80. Fabinho chegou a ser o quinto do mundo em 1992, conseguiu vários feitos inéditos para o Brasil e fez parte da elite do CT até 2003, quando Ian tinha apenas 11 anos de idade. Fabinho sempre levou a família nas etapas e Ian Gouveia foi o único filho que seguiu a carreira de surfista profissional, com o mesmo patrocinador do pai, a Hang Loose. Ele completa 32 anos de idade em outubro e é dessa mesma geração de surfistas do Brazilian Storm.

SELEÇÃO BRASILEIRA - Ian Gouveia é o primeiro reforço confirmado na seleção brasileira que vai disputar o CT 2025, junto com os campeões mundiais Gabriel MedinaFilipe ToledoItalo Ferreira, além de Yago DoraJoão Chianca e Tatiana Weston-Webb. Outros cinco estão entre os 10 indicados pelo Challenger Series no momento, o vice-líder Samuel Pupo, seu irmão Miguel PupoAlejo MunizMichael Rodrigues e Edgard Groggia, que perdeu na sexta-feira e sua décima posição é ameaçada por vários surfistas.
Miguel Pupo é da mesma geração do Ian Gouveia e entrou nos top-10 na Califórnia (Crédito da Foto: @WSL / Pat Nolan)
Ed Groggia e João Chianca foram barrados na primeira bateria com participação tripla do Brasil, ambas vencidas pelo surfista do outro país. Na sexta-feira, as ondas subiram e Miguel Pupo conseguiu pegar as esquerdas que queria ter surfado na quinta-feira, para mandar seus aéreos e manobrar forte de frontside. Ele chegou a liderar a bateria, mas o australiano Jarvis Earle completou um aéreo incrível numa esquerda, até passando por baixo do píer para finalizar a onda que valeu 7,67 e a vitória na bateria. Miguel Pupo passou em segundo e João Chianca foi eliminado junto com Edgard Groggia.

Na segunda bateria, o resultado se repetiu, com Riaru Ito acertando um aéreo reverse muito alto numa esquerda, que arrancou a maior nota do dia, 8,33. Com ela, o japonês também derrotou três brasileiros no confronto fraco de ondas. Ian Gouveia ficou com a segunda vaga totalizando 8,63 pontos, contra 7,86 do Rafael Teixeira e 7,46 do Jadson André. Independente da dificuldade, o filho mais jovem de um dos maiores ídolos do surfe brasileiro em todos os tempos, Fábio Gouveia, comemorou bastante a classificação que garantia de vez o seu retorno ao grupo dos melhores surfistas do mundo.
Ian Gouveia entrevistado na transmissão ao vivo pelo WorldSurfLeague.com (Crédito da Foto: @WSL / Emma Sharon)
“Será definitivamente um novo capítulo”, destacou Ian Gouveia“Eu sempre brinco com minha família e meu time, que nos meus primeiros anos no Tour, eu era apenas uma criança se divertindo, toda aquela fantasia de estar junto com o Mick (Fanning), o Kelly (Slater), Joel (Parkinson), caras que competiram com meu pai no passado. Eu apenas ficava viajando com a família, aproveitando a vida, comendo muito chocolate entre as baterias, engordando (risos). Então, eu caí fora do tour e me tornei um atleta. Será legal ver o que eu posso fazer no tour sendo um atleta agora”.

Depois das duas baterias com três brasileiros em cada e dois sendo eliminados, o catarinense Mateus Herdy, destaque da quinta-feira em Huntington Beach, também perdeu. O atual campeão sul-americano da World Surf League, foi barrado pelo mexicano Alan Cleland e o californiano Crosby Colapinto. Na disputa seguinte, Michael Rodrigues também enfrentou três surfistas de outros países, mas despachou os australianos Joel Vaughan e Jacob Willcox, para passar em segundo na vitória do havaiano Ian Gentil. 
Michael Rodrigues já subiu para quinto no ranking com a classificação na sexta-feira (Crédito da Foto: @WSL / Pat Nolan)
O Brasil continuou disputando vagas nas oitavas de final na quinta classificatória e Caio Ibelli conseguiu a primeira e única vitória verde-amarela na sexta-feira em Huntington Beach. O francês Marco Mignot, recordista de nota e pontos do Lexus US Open of Surfing, avançou junto com ele superando o sul-africano Luke Slijpen e o peruano Lucca Mesinas. Depois, Alejo Muniz terminou em terceiro na última participação do Brasil, encerrada com uma dobradinha norte-americana de Kolohe Andino e Dimitri Poulos.

MUDANÇAS NOS TOP-10 - Com a derrota em 17.o lugar, Alejo Muniz já perdeu o terceiro lugar no ranking para o australiano George Pittar, mas Ian Gouveia e Samuel Pupo continuam na frente. Por outro lado, Michael Rodrigues já subiu para a quinta posição e Miguel Pupo foi um dos dois que entraram nos top-10, assumindo o sétimo lugar. Além deles, tem Edgard Groggia que permaneceu em décimo. O havaiano Jackson Bunch é a outra novidade na zona de classificação para o CT 2025, após os resultados da sexta-feira. Miguel e Jackson tiraram da lista o californiano Nolan Rapoza e o japonês Hiroto Ohhara. Os australianos Mikey McDonagh em sexto lugar e Jordan Lawler em oitavo, completam os top-10 no momento. 
Caio Ibelli pode entrar nos top-10 se passar para as quartas de final no sábado (Crédito da Foto: @WSL / Emma Sharon)
O décimo lugar do Edgard Groggia é ameaçado por dez surfistas que se classificaram para as oitavas de final. Caio Ibelli e o australiano Dakoda Walters, já ultrapassam ele se passarem para as quartas de final do Lexus US Open neste sábado. Caio vai enfrentar o novo número 3 do ranking, George Pittar. Dakoda disputa o duelo seguinte com o recordista absoluto em Huntington Beach esse ano, Marco Mignot. Mais três surfistas superam a pontuação do Edgard Groggia se chegarem nas semifinais, outros quatro conseguem isso se passarem para a final e um só com a vitória na etapa norte-americana.

TOP-5 FEMININO - No ranking feminino, apenas 5 surfistas se classificam para completar a elite das 17 melhores surfistas do mundo no CT 2025. Luana Silva e Nadia Erostarbe representaram seus países nas Olimpíadas de Paris e vieram direto do Taiti para estrear na mesma bateria do Lexus US Open of Surfing. As duas estavam na porta de entrada das top-5 e passaram juntas para as oitavas de final. Com a classificação, a espanhola já ultrapassava a quinta colocada, Vahine Fierro, mas Luana Silva permaneceu em sétimo lugar. 
Luana Silva tenta retornar ao grupo das top-5 que se classificam para o CT 2025 (Crédito da Foto: @WSL / Pat Nolan)
A francesa competiu na sexta bateria, a mesma da brasileira Laura Raupp. Vahine Fierro cometeu uma interferência e acabou em último lugar, então Nadia Erostarbe já tirou ela das top-5 e vai começar a defender vaga no duelo com a americana Kirra Pinkerton na segunda oitava de final. Luana Silva está na primeira com a australiana Ellie Harrison e já precisa chegar nas semifinais, para ultrapassar a pontuação da espanhola. Laura Raupp quase conseguiu a classificação em sua última onda, mas caiu na finalização e foi barrada pela havaiana Keala Tomoda-Bannert e a australiana Bronte Macaulay. 

Sophia Medina já havia se classificado na quarta bateria da sexta-feira em Huntington Beach, pois o dia começou pela competição feminina. A irmã do tricampeão mundial e medalhista olímpico nos Jogos de Paris no Taiti, avançou em segundo lugar no confronto vencido pela vice-líder do ranking, Erin Brooks, do Canadá. As duas barraram as surfistas que passaram pela primeira fase na quarta-feira, a portuguesa Francisca Veselko e a japonesa Sara Wakita. Sophia Medina está em 11.o lugar no ranking e vai enfrentar a décima colocada, Tessa Thyssen, da França, na terceira oitava de final. 
Sophia Medina tem um confronto direto por posição no ranking neste sábado (Crédito da Foto: @WSL / Pat Nolan)
Lexus US Open of Surfing apresentado por Pacifico realiza a quarta etapa do WSL Challenger Series 2024 com patrocínios da Red Bull, Hurley, SHISEIDO, YETI, Apple, Eventbrite, 805 Beer, Visit Huntington Beach, Bonsoy, Hoag Hospital, Cup Noodles, Sambazon, Sun Cruiser, Tractor Beverage Co, I-SEA, Skullcandy, Rad Power Bikes, Pura Vida, Onewheel, Jack’s Surfboards, Huntington Surf and Sport, Proximo Spirits, Milagro Tequila e Surfwater. A competição é transmitida ao vivo pelo WorldSurfLeague.com.

OITAVAS DE FINAL DO LEXUS US OPEN OF SURFING:

CATEGORIA MASCULINA - 9.o lugar com US$ 2.500 e 3.320 pontos:
1.a: Ian Gouveia (BRA) x Jarvis Earle (AUS)
2.a: Miguel Pupo (BRA) x Riaru Ito (JAP)
3.a: Michael Rodrigues (BRA) x Alan Cleland (MEX)
4.a: Crosby Colapinto (EUA) x Ian Gentil (HAV)
5.a: Caio Ibelli (BRA) x George Pittar (AUS)
6.a: Dakoda Walters (AUS) x Marco Mignot (FRA)
7.a: Morgan Cibilic (AUS) x Kolohe Andino (EUA)
8.a: Jackson Bunch (HAV) x Jett Schilling (EUA)

CATEGORIA FEMININA - 9.o lugar com US$ 2.500 e 3.320 pontos:
1.a: Luana Silva (BRA) x Ellie Harrison (AUS)
2.a: Nadia Erostarbe (ESP) x Kirra Pinkerton (EUA)
3.a: Tessa Thyssen (FRA) x Sophia Medina (BRA)
4.a: Erin Brooks (CAN) x Sally Fitzgibbons (AUS)
5.a: Lakey Peterson (EUA) x Bronte Macaulay (AUS)
6.a: Yolanda Hopkins (POR) x Keala Tomoda-Bannert (HAV)
7.a: Bella Kenworthy (EUA) x Amuro Tsuzuki (JAP)
8.a: Isabella Nichols (AUS) x Alyssa Spencer (EUA)

RESULTADOS DA SEXTA-FEIRA EM HUNTINGTON BEACH:

SEGUNDA FASE - 3.a=17.o lugar (US$ 2.100 e 1.900 pts) e 4.a=25.o lugar ($ 2.000 e 1.700 pts):
1.a: 1-Ellie Harrison (AUS), 2-Kirra Pinkerton (EUA), 3-Anon Matsuoka (JAP), 4-Sawyer Lindblad (EUA)
2.a: 1-Nadia Erostarbe (ESP), 2-Luana Silva (BRA), 3-Sierra Kerr (AUS), 4-Philippa Anderson (AUS)
3.a: 1-Tessa Thyssen (FRA), 2-Sally Fitzgibbons (AUS), 3-Nanaho Tsuzuki (JAP), 4-Sarah Baum (AFR)
4.a: 1-Erin Brooks (CAN), 2-Sophia Medina (BRA), 3-Francisca Veselko (POR), 4-Sara Wakita (JAP)
5.a: 1-Lakey Peterson (EUA), 2-Yolanda Hopkins (POR), 3-Nora Liotta (HAV), 4-Teresa Bonvalot (POR)
6.a: 1-Keala Tomoda-Bannert (HAV), 2-Bronte Macaulay (AUS), 3-Laura Raupp (BRA), 4-Vahine Fierro (FRA)
7.a: 1-Bella Kenworthy (EUA), 2-Alyssa Spencer (EUA), 3-Louise Lepront (AFR), 4-Rosie Smart (AUS)
8.a: 1-Isabella Nichols (AUS), 2-Amuro Tsuzuki (JAP), 3-Macy Callaghan (AUS), 4-Zoe Benedetto (EUA)

TERCEIRA FASE - 3.o=17.o lugar (US$ 2.100 e 1.900 pts) e 4.o=25.o lugar ($ 2.000 e 1.700 pts):
1.a: 1-Jarvis Earle (AUS), 2-Miguel Pupo (BRA)3-João Chianca (BRA), 4-Edgard Groggia (BRA)
2.a: 1-Riaru Ito (JAP), 2-Ian Gouveia (BRA), 3-Rafael Teixeira (BRA), 4-Jadson André (BRA)
3.a: 1-Alan Cleland (MEX), 2-Crosby Colapinto (EUA), 3-Mateus Herdy (BRA), 4-Mikey McDonagh (AUS)
4.a: 1-Ian Gentil (HAV), 2-Michael Rodrigues (BRA), 3-Joel Vaughan (AUS), 4-Jacob Willcox (AUS)
5.a: 1-Caio Ibelli (BRA), 2-Marco Mignot (FRA), 3-Luke Slijpen (AFR), 4-Lucca Mesinas (PER)
6.a: 1-Dakoda Walters (AUS), 2-George Pittar (AUS), 3-Winter Vincent (AUS), 4-Cole Houshmand (EUA)
7.a: 1-Kolohe Andino (EUA), 2-Jackson Bunch (HAV), 3-Alejo Muniz (BRA), 4-Dimitri Poulos (EUA)
8.a: 1-Jett Schilling (EUA), 2-Morgan Cibilic (AUS), 3-Eli Hanneman (HAV), 4-Shion Crawford (HAV)