#ElasEmCampo: ação com
ex-jogadoras em amistoso entre Brasil e Chile, reconhece o histórico das
mulheres no futebol e estimula o apoio às futuras gerações.
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Quem são as mulheres que entraram com o Brasil? |
Colaboração de texto e foto: Gisele
Barata/Lucas Biffi/Thay Rodrigues/Danilo Luna/Jeffrey Group Brasil
Durante o jogo da Seleção Brasileira de Futebol
Feminino no domingo (02/07), os torcedores se depararam com uma cena incomum no
futebol: ao invés de serem acompanhadas por crianças, as jogadoras entraram em
campo ao lado de mulheres. A ação ainda contou com uma faixa com os dizeres
“Elas jogaram por nós, para jogarmos pelas que virão. Honrar nosso legado não
tem preço”.
A iniciativa realizada pela Mastercard em
parceria com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) faz parte da campanha
“#ElasEmCampo”, criada pela WMcCann. O evento reuniu 11 ex-jogadoras Seleção Brasileira de Futebol Feminino com o objetivo de inspirar a próxima geração de meninas, além de evidenciar a
importância do tema para que o futuro do esporte se mantenha vivo por meio do
sonho de meninas e jovens atletas.
“A Mastercard apoia há anos causas importantes
como a equidade de gênero. Como uma das maiores paixões dos brasileiros,
acreditamos que o futebol pode ser um espelho que reflete uma sociedade mais
justa e inclusiva”, comenta Sarah Buchwitz, Vice-presidente de Marketing e
Comunicação da Mastercard Brasil. “Direcionamos nossos esforços para ampliar a
visibilidade das jogadoras, inspirando uma nova geração de meninas que
acompanham a seleção”, acrescenta.
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O legado das atletas da Seleção. |
Reverenciar o legado das atletas que vestiram a
camisa da Seleção Brasileira é uma das prioridades da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). "Essa homenagem
da Mastercard às gerações de craques do nosso futebol me deixa muito feliz. A
CBF sempre trabalha para preservar a história e perpetuar o legado das nossas
atletas", disse o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
Seleção Brasileira de Futebol Feminino
Confira quem são as ex-jogadoras que
acompanharam as atletas do Brasil:
Marisa
Marisa Pires Nogueira iniciou no futebol
defendendo o Bangu A.C em 1980. Fez parte da primeira Seleção Nacional formada
no Brasil com a chancela da Confederação Brasileira de Futebol. Sua trajetória
na Seleção inclui 3 Mundiais (1988, 1991 ambos na China e 1995 na Suécia), uma
edição dos Jogos Olímpicos (1996 em Atlanta -USA) e 2 Sul-Americanos (1991 e
1995 ambos no Brasil).
Fia
Maria Lucia Lima – conhecida mesmo por Fia,
derivação de “filha”, como a mãe mineira a chamava –, iniciou sua carreira no
Bangu. A experiência foi curta e Fia tentou vários caminhos até chegar ao
Vasco. Lá alcançou a primeira seleção feminina de futebol da CBF. Até hoje
guarda a camisa 17 do uniforme imortalizado pelos homens na Copa de 94 — assim
como há bem pouco tempo, não tinha um modelo próprio para elas. Segundo ela, a
idade chegou antes do futebol engrenar.
Leda Maria Abreu
Foi jogadora da Seleção Brasileira de Futebol
Feminino. Fez parte do elenco que participou dos Jogos Olímpicos de Atlanta em
1996. Leda Maria se formou em Educação Física, cursou análise de desempenho e
se formou como treinadora pelo Sindicato dos treinadores do RJ.
Pelézinha
Marilza Martins da Silva, mais conhecida como
Pelézinha, foi jogadora de futebol da seleção brasileira, atuando como
atacante. Em 1981, Pelézinha largou a escola e deixou o América para ingressar
profissionalmente no Radar. Na Copa do Mundo Feminina de 1991, Pelézinha foi
titular no segundo jogo da fase de grupos contra os Estados Unidos.
Cebola
A craque Cebola, ou mais precisamente Lucilene
Marinho, é paraense de Belém e jogou nos anos 80 primeiramente com a camisa da
Tuna Luso/PA. Cebola enfrentou muitas dificuldades ao longo da carreira e
seguidas lesões no joelho.
Flordelis
Flordelis esteve presente na primeira
competição oficial da seleção brasileira, o Mundial Experimental de 1988. A
jogadora baiana começou sua carreira em Salvador, logo depois seu futebol
chamou a atenção de times de São Paulo e Rio de Janeiro. Com 56 anos, ela ainda
tem o futebol como uma de suas paixões, mas em vez de campo, ela demonstra suas
habilidades nas quadras de futsal.
Solange Bastos
Solange deixou a Bahia para jogar na Seleção
Brasileira. Anteriormente, havia jogado pelo Flamengo de Feira desde os seus 12
anos de idade. Teve dificuldades para vencer os obstáculos do preconceito que
vivia dentro da Seleção. Financeiramente também viveu muitas dificuldades.
Monaliza Souza
Monaliza parou de jogar em 2018 por falta de
incentivos financeiros e, por isso, não conseguir seguir a carreira. Em 2015,
ela e a treinadora Camilla Orlando fundaram o @CapitalFeminina, que atua em
duas regiões administrativas São Sebastião e Estrutural.
Magali Pomba
Magali foi jogadora do Juventus nos anos 80 e
90, atuando ao lado de grandes craques, como Formiga, Roseli, Sessi e muitas
outras. Depois de pendurar as chuteiras, ajudou na formação de jogadoras que
hoje são destaques da seleção brasileira, como Thamires e Andressa Alves. E ela
continua ajudando, hoje contribui para o desenvolvimento de pequenas jogadoras
na escolinha de futebol do Juventus.
Nani Enzo
Nani se destacou logo cedo nos jogos de futsal,
chegando a ser chamada para representar o time nacional nos jogos escolares.
Tentou a carreira no campo, onde poderia ter mais visibilidade. Foi artilheira
em diversos campeonatos do Distrito Federal e proximidades. Quando teve seu
primeiro filho, a dificuldade de continuar a carreira, que já era grande, ficou
inviável. Nani foi pendurando as chuteiras aos poucos, mas nunca deixou de sua
maior paixão de lado: entrar em campo e marcar seus gols.
Sandra Cristina
Sandra Cristina começou a jogar futebol aos 10
anos na capital carioca, sua cidade natal. Se tornou uma jogadora profissional
com apenas 16 anos no Flor de Maio Futebol Clube. Sua carreira a levou ao
Radar, time que trouxe a sua primeira convocação para a seleção brasileira.
Junto a outras pioneiras, ela disputou o Mundial Experimental de 1988.
Apoio ao esporte feminino
A ação deste domingo dá continuidade à campanha
#ElasEmCampo, da Mastercard, que será intensificada durante os jogos do time
brasileiro nos próximos meses, abordando diferentes perspectivas do esporte
feminino no Brasil.
A Mastercard apoia a promoção da equidade de
gênero nos esportes com o patrocínio da Seleção Brasileira de Futebol Feminino
e em projetos que incentivam a presença de mulheres nos diferentes ecossistemas
relacionados a esse esporte. A exemplo, a websérie “Elas Em Campo” que, em
2022, reuniu histórias de mulheres envolvidas nos quadros técnicos da CBF como
treinadoras, psicólogas e fotógrafas, trazendo o assunto para discussão.
Além da Seleção Brasileira de Futebol Feminino,
a Mastercard também é patrocinadora da competição feminina da CONMEMBOL
Libertadores e Copa América, sendo a primeira empresa da história a patrocinar
este torneio feminino. Na edição de 2022, a empresa entregou o primeiro troféu
em formato NFT às participantes que foram eleitas Jogadoras da Partida.
A Mastercard também patrocina o “Futebol Delas”
e o “Dona da Bola”, projetos desenvolvidos pela ONG Visão Mundial, que oferecem
aulas de futebol para meninas de 10 a 16 anos de Recife e Fortaleza, além das
iniciativas “Caravana do Esporte” e “Rede de Núcleos Esportivos”, do Instituto
Esporte & Educação.
“Adicionalmente ao nosso apoio às jogadoras e
competições, também investimos no futuro, impulsionando projetos de formação de
atletas e profissionais mulheres ligadas ao esporte, principalmente por meio de
projetos sociais e parcerias”, finaliza Buchwitz.
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