quinta-feira, 4 de maio de 2023

Primeiro evento de esgrima para cegos e deficientes visuais no Brasil é realizado em Maceió

Competição aconteceu durante os Jogos do Paradesporto de Alagoas, com a participação de oito atletas dos dois gêneros.

Primeiro evento de esgrima para cegos e deficientes visuais no Brasil é realizado em Maceió Foto Marcelo Gualberto
Evento para cegos aconteceu nos Jogos do Paradesporto.
Colaboração de texto: Nelson Ayres/Fato&Ação
Colaboração de foto: Marcelo Gualberto
 
A paraesgrima foi a responsável pela inclusão dos cadeirantes e atletas com deficiências motoras há alguns anos na modalidade. Desta forma, pessoas com alguma limitação física, completa ou parcial, puderam experimentar a esgrima e terem o prazer de competir. Os cegos e pessoas com baixa visão ainda não tinham este privilégio. Mas esta realidade está mudando.
 
No último final de semana, em Maceió, foi realizada a primeira competição de esgrima para cegos e deficientes visuais, durante os Jogos do Paradesporto de Alagoas. O evento teve a participação de oito atletas, sendo quatro homens e quatro mulheres. No masculino, o vencedor foi Edson Justino, que venceu Willer Bertoldo na decisão. No feminino, vitória de Miriam Caetano, com Bruna Silva faturando a medalha de prata.
 
Atualmente, 12 pessoas (sete homens e cinco mulheres) experimentam os treinos de esgrima para cegos e deficientes visuais em Maceió. Os treinos acontecem no Centro de Educação Física e Desportos do Corpo de Bombeiros de Alagoas. O responsável pela iniciativa é Marcelo Gualberto, técnico que implantou a paraesgrima na capital alagoana.
 
“A esgrima para cegos e deficientes visuais é jogada em uma pista com uma corda, com fita em alto relevo e placas de piso tátil. Os atletas fazem primeiro o reconhecimento da pista com os pés e depois do professor ou dos outros colegas com as lâminas das espadas. Os movimentos básicos são iniciados a partir do contato das lâminas nos treinos e também com movimentos circulares no momento dos combates”, explica Gualberto.
 
Podem treinar atletas cegos ou com deficiência visual, pois todo utilizam vendas embaixo das máscaras, impossibilitando a visão dos movimentos. A esgrima para cegos e deficientes visuais ainda não é reconhecida pela Federação Internacional de Esgrima, mas já foi apresentada internacionalmente. No Brasil, a semente está nascendo. No futuro, poderá gerar novos praticantes e um novo caminho de inclusão e glórias para muitos indivíduos.

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