Competição aconteceu durante os Jogos do
Paradesporto de Alagoas, com a participação de oito atletas dos dois gêneros.
|
Evento para cegos aconteceu nos Jogos do Paradesporto. |
Colaboração
de texto: Nelson Ayres/Fato&Ação
Colaboração de foto: Marcelo Gualberto
A paraesgrima foi a responsável pela inclusão
dos cadeirantes e atletas com deficiências motoras há alguns anos na
modalidade. Desta forma, pessoas com alguma limitação física, completa ou
parcial, puderam experimentar a esgrima e terem o prazer de competir. Os cegos
e pessoas com baixa visão ainda não tinham este privilégio. Mas esta realidade
está mudando.
No último final de semana, em Maceió, foi
realizada a primeira competição de esgrima para cegos e deficientes visuais,
durante os Jogos do Paradesporto de Alagoas. O evento teve a participação de
oito atletas, sendo quatro homens e quatro mulheres. No masculino, o vencedor
foi Edson Justino, que venceu Willer Bertoldo na decisão. No feminino, vitória
de Miriam Caetano, com Bruna Silva faturando a medalha de prata.
Atualmente, 12 pessoas (sete homens e cinco
mulheres) experimentam os treinos de esgrima para cegos e deficientes visuais
em Maceió. Os treinos acontecem no Centro de Educação Física e Desportos do
Corpo de Bombeiros de Alagoas. O responsável pela iniciativa é Marcelo
Gualberto, técnico que implantou a paraesgrima na capital alagoana.
“A esgrima para cegos e deficientes visuais é
jogada em uma pista com uma corda, com fita em alto relevo e placas de piso
tátil. Os atletas fazem primeiro o reconhecimento da pista com os pés e depois
do professor ou dos outros colegas com as lâminas das espadas. Os movimentos
básicos são iniciados a partir do contato das lâminas nos treinos e também com
movimentos circulares no momento dos combates”, explica Gualberto.
Podem treinar atletas cegos ou com deficiência
visual, pois todo utilizam vendas embaixo das máscaras, impossibilitando a
visão dos movimentos. A esgrima para cegos e deficientes visuais ainda não é
reconhecida pela Federação Internacional de Esgrima, mas já foi apresentada
internacionalmente. No Brasil, a semente está nascendo. No futuro, poderá gerar
novos praticantes e um novo caminho de inclusão e glórias para muitos
indivíduos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário