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quinta-feira, 6 de abril de 2023

Acompanhe montanhistas brasileiros na Cordilheira dos Andes

Série nacional Andes Extremo combina aventura e exploração da história pré-colombiana estreia hoje.
 
Acompanhe montanhistas brasileiros na Cordilheira dos Andes
Montanhistas brasileiros na Cordilheira dos Andes.
Colaboração de texto: Ana Beatriz/Press Comunica
Colaboração de foto: Aeole Press Kits
 
Gabriel Tarso, Edson Vandeira e Branca Franco, três experientes montanhistas brasileiros, se aventuram na maior cadeia de montanhas do planeta, com picos extremamente remotos e desconhecidos. O resultado dessa exploração, repleta de paisagens alucinantes, poderá ser visto na nova produção nacional do History, Andes Extremo, que estreia no dia 4 de maio.
 
Uma combinação de seis montanhas na faixa dos seis mil metros de altitude e um mergulho na cultura milenar que deu origem ao maior império da América pré-colombiana compõem o cenário da nova série do History, realizada em parceria com a produtora Canvas e com direção de Wiland Pinsdorf.
 
Gabriel Tarso, fotógrafo e cinegrafista outdoor, já participou de projetos em locais como Etiópia, Tanzânia, Rússia, Andes, Alasca e Havaí, até chegar ao cume do Everest, em maio de 2022, pela segunda vez. Edson Vandeira é fotógrafo e montanhista, colaborador da National Geographic e representado exclusivamente pela National Geographic Image Collection (EUA). Já liderou quatro grupos até o Everest, no Nepal, e, por meio de suas imagens, coloca luz sobre o meio ambiente e as culturas ameaçadas de extinção.
 
Branca Franco foi a primeira brasileira a chegar ao cume do Fitz Roy, uma das montanhas mais desafiadoras do mundo, localizada na Patagônia Argentina. Foi também a primeira mulher do Brasil a chegar ao cume da Esfinge em cordada feminina, maior parede de rocha do Peru. Em 2018, chegou ao cume da Agulha Guillaumet também em cordada feminina.
 
Durante dois meses de gravação, os montanhistas exploram montanhas localizadas em regiões muito ricas culturalmente - Arequipa, conhecida pelos vulcões e a múmia Juanita, e Huaraz, onde está localizada a Cordilheira Branca. Em algumas vilas, as pessoas sequer falam o espanhol, apenas dialetos, como o “quechua”. Existem ruínas Incas na base e vestígios nos cumes de muitas dessas montanhas. Suas histórias e tradições, como rituais sagrados e o significado de suas oferendas, são registrados pela produção e inseridos em cada episódio, combinando história e aventura.
 
“A Juanita foi o que mais me marcou, por ser uma mulher, uma oferenda aos deuses”, conta Branca, em coletiva de imprensa realizada nesta terça, 4/4. Para ela, a conexão espiritual foi de grande importância durante a aventura. “Existe a crença no poder dos guardiões locais, eu pedia licença a eles. O que me guiava era essa conexão, a força da montanha e a proteção divina”, completa a montanhista.
 
Eles enfrentam rajadas de vento com 70 km/h, nevascas intensas, paredes verticais com 400m de gelo e avalanches, para escalar algumas das maiores e mais perigosas montanhas do país. Somente nessa temporada, foram registrados três acidentes graves e uma vítima fatal.
 
Inclusive durante o percurso, Edson Vandeira teve um pequeno acidente, em que um grande pedaço de gelo caiu sobre as costelas dele. “Foi assustador fiquei sem ar. Mas são desafios que fazem parte da atividade. Precisa saber lidar e ter humildade também para saber desistir, quando necessário”, conta. “E chegar no topo do Huascarán, depois de tudo o que passamos, é um misto de felicidade e alívio, e passa um filme em nossa cabeça que resgata o sentimento e as memórias dessa jornada, conhecendo tantas histórias incríveis e pessoas inspiradoras, é um orgulho imenso”, acrescenta.
 
É um grande desafio captar imagens em situações tão extremas, e toda a logística começou a ser preparada em janeiro de 2022, incluindo uma viagem de reconhecimento ao Peru. Wiland Pinsdorf acrescenta: “Nas montanhas, a temperatura pode chegar facilmente aos 20 graus negativos. Perdemos um drone, que congelou em pleno voo. Microfone e câmeras também congelaram. O ar rarefeito é outro obstáculo, que afeta a escalada e a capacidade de raciocínio, e isso nos atingiu diretamente, testando todos os nossos limites. Tivemos de lidar com o clima hostil e a mudança de três das seis montanhas que havíamos programado para escalar. Por conta das filmagens, contávamos com uma equipe de apoio, que incluía desde guias e carregadores até cozinheiro e mulas (chegamos a ter dez pessoas nos acompanhando). Algumas montanhas, como a Huascarán, levaram sete dias para serem escaladas. Foi um grande desafio logístico, físico, técnico e psicológico”.
 
“E o mergulho na cultura andina, impressiona estar lá e ver coisas como um altar inca e uma múmia que foi resgatada, é uma conexão de história e aventura que tem muito a ver com o montanhismo. E é um grande orgulho mostrar os Andes para o mundo”, afirma Pinsdorf.
 
Além da conexão com a natureza, a história e a cultura local, Andes Extremo chama a atenção para as mudanças climáticas: “Em um dos episódios, falamos sobre o derretimento dos glaciares. É importante destacar porque são problemas ambientais reais”, afirma Gabriel Tarso.
 
“O pilar de aventura tem um destaque especial dentro da programação do History devido ao interesse de nossa audiência nesse tipo de conteúdo. Com esta produção original, queremos mostrar que toda boa aventura pode ter como pano de fundo histórias ricas e interessantes, como essa cultura impressionante, que viveu nas Cordilheiras dos Andes . E é esse o objetivo deste projeto”, afirma Karen Santiago, diretora de Conteúdo e Produção A+E Networks Brasil. “A série tem imagens incríveis e tem tanta relevância para a marca que não será exibida apenas no Brasil, mas em outros países da América Latina” completa.

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