Série nacional Andes Extremo combina aventura e
exploração da história pré-colombiana estreia hoje.
Colaboração de texto: Ana Beatriz/Press Comunica
Colaboração de foto: Aeole Press Kits
Gabriel Tarso, Edson Vandeira e Branca Franco,
três experientes montanhistas brasileiros, se aventuram na maior cadeia de
montanhas do planeta, com picos extremamente remotos e desconhecidos. O
resultado dessa exploração, repleta de paisagens alucinantes, poderá ser visto
na nova produção nacional do History, Andes Extremo, que estreia no dia 4 de
maio.
Uma combinação de seis montanhas na faixa dos
seis mil metros de altitude e um mergulho na cultura milenar que deu origem ao
maior império da América pré-colombiana compõem o cenário da nova série do
History, realizada em parceria com a produtora Canvas e com direção de Wiland
Pinsdorf.
Gabriel Tarso, fotógrafo e cinegrafista
outdoor, já participou de projetos em locais como Etiópia, Tanzânia, Rússia,
Andes, Alasca e Havaí, até chegar ao cume do Everest, em maio de 2022, pela
segunda vez. Edson Vandeira é fotógrafo e montanhista, colaborador da National
Geographic e representado exclusivamente pela National Geographic Image Collection
(EUA). Já liderou quatro grupos até o Everest, no Nepal, e, por meio de suas
imagens, coloca luz sobre o meio ambiente e as culturas ameaçadas de extinção.
Branca Franco foi a primeira brasileira a
chegar ao cume do Fitz Roy, uma das montanhas mais desafiadoras do mundo,
localizada na Patagônia Argentina. Foi também a primeira mulher do Brasil a
chegar ao cume da Esfinge em cordada feminina, maior parede de rocha do Peru.
Em 2018, chegou ao cume da Agulha Guillaumet também em cordada feminina.
Durante dois meses de gravação, os montanhistas
exploram montanhas localizadas em regiões muito ricas culturalmente - Arequipa,
conhecida pelos vulcões e a múmia Juanita, e Huaraz, onde está localizada a
Cordilheira Branca. Em algumas vilas, as pessoas sequer falam o espanhol,
apenas dialetos, como o “quechua”. Existem ruínas Incas na base e vestígios nos
cumes de muitas dessas montanhas. Suas histórias e tradições, como rituais
sagrados e o significado de suas oferendas, são registrados pela produção e
inseridos em cada episódio, combinando história e aventura.
“A Juanita foi o que mais me marcou, por ser
uma mulher, uma oferenda aos deuses”, conta Branca, em coletiva de imprensa
realizada nesta terça, 4/4. Para ela, a conexão espiritual foi de grande
importância durante a aventura. “Existe a crença no poder dos guardiões locais,
eu pedia licença a eles. O que me guiava era essa conexão, a força da montanha
e a proteção divina”, completa a montanhista.
Eles enfrentam rajadas de vento com 70 km/h,
nevascas intensas, paredes verticais com 400m de gelo e avalanches, para
escalar algumas das maiores e mais perigosas montanhas do país. Somente nessa
temporada, foram registrados três acidentes graves e uma vítima fatal.
Inclusive durante o percurso, Edson Vandeira
teve um pequeno acidente, em que um grande pedaço de gelo caiu sobre as
costelas dele. “Foi assustador fiquei sem ar. Mas são desafios que fazem parte
da atividade. Precisa saber lidar e ter humildade também para saber desistir,
quando necessário”, conta. “E chegar no topo do Huascarán, depois de tudo o que
passamos, é um misto de felicidade e alívio, e passa um filme em nossa cabeça
que resgata o sentimento e as memórias dessa jornada, conhecendo tantas
histórias incríveis e pessoas inspiradoras, é um orgulho imenso”, acrescenta.
É um grande desafio captar imagens em situações
tão extremas, e toda a logística começou a ser preparada em janeiro de 2022,
incluindo uma viagem de reconhecimento ao Peru. Wiland Pinsdorf acrescenta:
“Nas montanhas, a temperatura pode chegar facilmente aos 20 graus negativos.
Perdemos um drone, que congelou em pleno voo. Microfone e câmeras também
congelaram. O ar rarefeito é outro obstáculo, que afeta a escalada e a capacidade
de raciocínio, e isso nos atingiu diretamente, testando todos os nossos
limites. Tivemos de lidar com o clima hostil e a mudança de três das seis
montanhas que havíamos programado para escalar. Por conta das filmagens,
contávamos com uma equipe de apoio, que incluía desde guias e carregadores até
cozinheiro e mulas (chegamos a ter dez pessoas nos acompanhando). Algumas
montanhas, como a Huascarán, levaram sete dias para serem escaladas. Foi um
grande desafio logístico, físico, técnico e psicológico”.
“E o mergulho na cultura andina, impressiona
estar lá e ver coisas como um altar inca e uma múmia que foi resgatada, é uma
conexão de história e aventura que tem muito a ver com o montanhismo. E é um
grande orgulho mostrar os Andes para o mundo”, afirma Pinsdorf.
Além da conexão com a natureza, a história e a
cultura local, Andes Extremo chama a atenção para as mudanças climáticas: “Em
um dos episódios, falamos sobre o derretimento dos glaciares. É importante
destacar porque são problemas ambientais reais”, afirma Gabriel Tarso.
“O pilar de aventura tem um destaque especial
dentro da programação do History devido ao interesse de nossa audiência nesse
tipo de conteúdo. Com esta produção original, queremos mostrar que toda boa
aventura pode ter como pano de fundo histórias ricas e interessantes, como essa
cultura impressionante, que viveu nas Cordilheiras dos Andes . E é esse o
objetivo deste projeto”, afirma Karen Santiago, diretora de Conteúdo e Produção
A+E Networks Brasil. “A série tem imagens incríveis e tem tanta relevância para
a marca que não será exibida apenas no Brasil, mas em outros países da América
Latina” completa.
Montanhistas brasileiros na Cordilheira dos Andes. |
Colaboração de foto: Aeole Press Kits
Nenhum comentário:
Postar um comentário