O resíduo será coletado pela Lwart Soluções
Ambientais e passará pelo processo de rerrefino, voltando para a cadeia em
forma de óleo básico de alta performance.
|
Stock Car terá coleta de óleo usado em todas as etapas. |
Colaboração de texto: Felipe Rariz/Press à Porter
Colaboração de foto: Magnus Torquato/Stock Car/Press à Porter
Maior evento do automobilismo brasileiro, a
Stock Car Pro Series anuncia que a Lwart Soluções Ambientais será a responsável
pela coleta de óleo lubrificante usado pelos carros de todas as equipes em
todas as etapas. O resíduo gerado na temporada 2023 passará pelo processo de
rerrefino, voltando para o mercado em forma de óleo básico de alta performance.
A iniciativa, dada a abrangência e, acima de tudo, o compromisso com a
sustentabilidade, posiciona a categoria como um case de economia circular.
O óleo lubrificante usado ou contaminado, conhecido
como OLUC, é um resíduo perigoso presente em motores de automóveis e
industriais que deve ser separado e gerenciado de forma adequada. A legislação
brasileira* determina que todo OLUC deve ser coletado e destinado para a
reciclagem, por meio do rerrefino, e proíbe taxativamente o uso do resíduo como
combustível, destinação para queima ou para quaisquer outros fins. Para se ter
uma ideia, segundo a AMBIOLUC, entidade que representa o setor, um único litro
de óleo lubrificante usado é capaz de contaminar 1 milhão de litros de água.
Além disso, para cada 10 litros queimados são gerados 20 gramas de metais
pesados, segundo dados da Cetesb.
Responsável por toda logística de coleta do
resíduo e destinação correta, a Lwart Soluções Ambientais é uma empresa 100%
brasileira que tem em seu DNA a transformação de resíduos. A parceria com a
Stock Car já aconteceu no passado, mas desta vez será muito mais abrangente.
“É um projeto desafiador, por conta da
complexidade logística, mas ao mesmo tempo muito gratificante ver o
comprometimento da maior modalidade do automobilismo brasileiro na causa da
economia circular. A coleta responsável e segura do óleo e a destinação correta
dele, o rerrefino, contribuem para a preservação do meio ambiente. E, claro,
contribuem diretamente no compromisso da Stock Car com a sustentabilidade”,
afirma Rodrigo Maia, Diretor de Coleta e Logística da Lwart Soluções
Ambientais.
“A sustentabilidade é um dos assuntos mais
importantes que temos em pauta na sociedade e é vital para a Stock Car ter uma
parceira especializada como a Lwart responsável pelo rerrefino do óleo que
utilizamos em nossas corridas”, resumiu Fernando Julianelli, CEO da Vicar,
organizadora da Stock Car. “Vale destacar que esse projeto é importante não
apenas pelo fato de garantirmos, através da Lwart, o destino correto do nosso
óleo, mas também pelo exemplo e divulgação de atitudes responsáveis nesse
campo, junto do público e todos os envolvidos nos nossos eventos”, conclui.
O caminho
do OLUC na Stock Car
O projeto prevê a instalação de tambores
próximo aos dos boxes das 16 equipes, para a coleta do óleo gerado pelos carros
de 34 pilotos, em todas as etapas, tanto nos treinos quanto nas provas.
A cada fim de semana de corrida, esse resíduo
coletado é devidamente armazenado e transportado por um caminhão específico
para esse tipo de transporte e levado à fábrica da Lwart localizada em Lençóis
Paulista/SP, uma das plantas mais modernas do mundo para rerrefino de óleo
lubrificante usado.
Desta forma, a Stock Car receberá o Certificado
de Coleta de Óleo e o Certificado de Destinação Final, documentos de valor
legal que asseguram a conformidade com as normas ambientais.
A Stock Car prevê 12 etapas em 2023, mantendo o
já tradicional formato de duas largadas por evento – totalizando 24 corridas. A
largada da temporada acontecerá no Autódromo Internacional de Goiânia Ayrton
Senna, entre os dias primeiro e dois de abril.
O que
acontece com o OLUC depois de ser coletado
Uma vez coletado, o óleo lubrificante usado
passa pelo processo chamado de rerrefino, para voltar a ser óleo básico,
matéria prima para produção de lubrificantes. O conjunto tecnológico de ponta
presente na planta da Lwart permite que o rerrefino aproveite praticamente 100%
do óleo lubrificante usado que entra no processo industrial e transforme esse
resíduo em óleo básico de alta performance, com qualidade igual ou superior ao
produto de primeiro refino.
O óleo básico, por sua vez, vai para os
principais produtores, que o aditivam e o transformam novamente em
lubrificante. A partir daí o óleo volta ao mercado em forma de produtos
industriais, agrícolas, automotivos e elétricos, formando assim um ciclo
sustentável e infinito.
“O Brasil é um exemplo para o mundo com relação
à coleta e ao rerrefino de óleo lubrificante usado”, conclui Maia.
*Resolução Conama n. 362/2005 recepcionada pela
Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei n. 12.305/2010) e regulamento
(Decreto Federal n. 7.404/2010)
Resoluções da Agência Nacional de Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis (ANP) n. 19 e 20, ambas de 2009 e Lei do Petróleo
(Lei n. 9.478/1997).
Nenhum comentário:
Postar um comentário