sexta-feira, 24 de março de 2023

Ídolos do tênis de mesa paralímpico brasileiro servem como espelho para novas gerações de craques

Jovens como Allana Maschio já têm uma história de inspiração nos ídolos atuais; ainda muito jovem, Sophia Kelmer quer motivar gerações futuras.
 
Ídolos tênis de mesa paralímpico brasileiro servem como espelho para novas gerações de craques Foto Gustavo Medeiros
Allana Maschio e Sophia Kelmer da nova geração de craques.
Colaboração de texto: Luis Miguel Ferreira/CBTM
Colaboração de foto: Gustavo Medeiros/CBTM
 
Após brilhante participação no Aberto Paralímpico da Itália, no qual conquistaram dez medalhas, nossos mesa-tenistas encaram um novo desafio, desta vez com apoio da torcida: o Aberto do Brasil, cuja disputa ocorre desta sexta-feira (24) até domingo (26), no Centro Paralímpico Brasileiro, em São Paulo. Com muitos medalhistas consagrados, o tênis de mesa brasileiro também apresenta uma geração de jovens que trilha um caminho vitorioso.
 
A competição, organizada pela Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF), reunirá diversos atletas medalhistas mundiais e paralímpicos. Os futuros talentos da modalidade estarão de olho nos desempenhos destes que têm como ídolos, como se mirassem um espelho que motive sua trajetória no esporte.
 
Allana Maschio (atleta da classe 9 individual feminino e das duplas mistas classe XD 20), integrante da equipe brasileira que disputará o Aberto do Brasil, é um dos exemplos de atletas de uma nova geração que já se inspirou nos diversos medalhistas mundiais e paralímpicos da equipe do Brasil.
 
“É muito gratificante. A Dani (Rauen) e a Jennyfer (Parinos) sempre me inspiraram, desde que eu era bem pequena. Quando as vi jogando pela primeira vez, quando treinei com elas em 2017...  Essas atletas me mostram que eu também posso. Não é a minha limitação que irá me impedir de chegar ao um nível tão alto dentro do esporte. Espero também servir de exemplo para isso”, diz a jovem.
 
Para Allana, alcançar o mesmo patamar das atletas que a inspiraram é um objetivo concreto. Ela não esconde quais são os seus sonhos dentro do tênis de mesa: “Chegar a um Mundial, participar das Paralímpiadas, são minhas ambições. Mas não estipulo data para isso, só penso em progredir e deixar as coisas acontecerem normalmente”.
 
Na opinião da catarinense, o que mais deve ser assimilado pelos jovens atletas é o aspecto disciplinar. Em todos os sentidos. “A disciplina é fundamental. Não somente nas mesas, mas na vida em geral. Eu considero que estar treinando e convivendo com atletas vitoriosos na Seleção, medalhistas mundiais e paralímpicos, torna mais difícil minha adaptação, até pela quantidade e pela intensidade de treinos. Para mim, é algo surreal treinar com eles. Maravilhoso. Todos possuem o mesmo objetivo e estar aqui é muito bom”, afirmou.
 
Campeã que inspira
 
Campeã da classe 8 individual feminina no Aberto da Itália e medalhista mundial ainda adolescente, Sophia Kelmer chega com o moral elevadíssimo para atuar nas mesas do Centro Paralímpico, em São Paulo. Atual tetracampeã brasileira classe 8 e número 4 do ranking da ITTF, apesar de ser conhecida, tem apenas 15 anos. E se sente gratificada por servir como exemplo aos mais jovens.    
 
“Espero um dia servir como espelho para as novas gerações da mesma forma que outros atletas foram para mim e, hoje, são meus companheiros na Seleção Brasileira. Sempre acompanhei nomes como a Bruna Alexandre, Dani Rauen, Jenyffer (Parinos), Paulinho (Salmin)... Afinal, todos aqui da Seleção foram meu espelho, pois meu objetivo era poder treinar junto com eles”, diz Sophia.
 
“É algo muito gratificante saber que consigo ajudar meninas e meninos a desenvolver a vontade de praticar esportes. Mesmo que não seja especificamente o tênis de mesa; esporte salva e muda vidas. Fico feliz de, mesmo sendo jovem, tenho apenas 15 anos, já conseguir contribuir desta forma, inspirando outras crianças. É fantástico”, concluiu.
 

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