Conquistas de medalhas e resultados expressivos
nas competições internacionais fazem geração vencedora ser respeitada em todo o
mundo.
Colaboração
de texto: Nelson Ayres/Paulo Rocha/Fato&Ação
Colaboração de foto: Miriam Jeske/CBTM
O desempenho de nossos atletas no segundo dia
do Aberto Paralímpico do Brasil – competição fator 20 da ITTF -, neste sábado
(25), não deixa dúvidas: o tênis de mesa brasileiro se encontra num estágio de
firme evolução dentro do esporte. Mais que isso, de consolidação como uma
potência da modalidade.
As 34 medalhas ganhas pelos atletas do Brasil
nas categorias individuais (11 de ouro, 7 de prata e 16 de bronze), nas mesas
do Centro Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, foram consequência de um
trabalho cada vez mais intenso realizado pela CBTM. Resultados, aliás, que vêm
se repetindo nas competições internacionais. E que mostram atletas muito
sólidos em seus objetivos internacionais.
Bruna, a
obstinada
Um dos ídolos desta geração vencedora é Bruna
Alexandre. Campeã da classe 10 em São Paulo, ela repetiu o resultado obtido no
Aberto da Itália, no início deste mês (com uma campanha na qual superou a
polonesa Natalia Partyka, lenda do tênis de mesa paralímpico) e projeta o seu
voo mais ousado: integrar a Seleção Brasileira Olímpica.
“Essa vitória em São Paulo dá continuidade ao
trabalho visando meu projeto olímpico. É um trabalho realizado diariamente com
muita gente que me ajuda, olímpicos e paralímpicos. Cada campeonato é uma
experiência nova e isso faz muito diferença, principalmente para o ranking
mundial”, disse Bruna, revelando que há muitos fatores em sua transição do
paralímpico para o olímpico:
“Eu comecei jogando no olímpico e isso me
ajudou no paralímpico. Mas eu tenho o sonho olímpico, acho que consigo jogar de
igual para igual com as adversárias. Ou seja, estou focando nos dois e acho que
estou conseguindo conciliar. Estou no tênis de mesa há 20 anos e quando me
tornei bicampeã brasileira, vi que tudo é possível”, garante.
Prestes a realizar seu sonho, ou melhor, sua
meta, Bruna admite estar ansiosa, porém confiante. A partir de junho deste ano,
ela passará a disputar os Abertos Olímpicos e também o Campeonato
Sul-Americano. Difícil duvidar do sucesso desta vencedora, medalhista no
Mundial de Granada-ESP, ano passado, e nas duas últimas edições dos Jogos
Paralímpicos.
Seis anos
invicta
Cátia Oliveira é outro exemplo do patamar
atingido pelos nossos atletas. Se Bruna Alexandre não teve adversários capazes
de detê-la na classe 10, a paulista de Cerqueira César segue firme e imbatível
nas mesas de todo o mundo.
A prova do patamar atingido por Cátia é o
retrospecto em competições regionais, nacionais e internacionais. Em jogos da
classe 2, ela vai completar seis anos sem perder para adversárias que estão
abaixo dela no ranking mundial (ela é a atual número 3 do mundo). Com isso, soma
dezenas de medalhas conquistadas desde junho de 2017 e também não parece ter
muitas adversárias fortes o suficiente para quebrar essas marcas.
Talento
de sobra
Se Bruna e Cátia se tornaram ícones, o número
de talentos do tênis de mesa paralímpico aumentou substancialmente nos últimos
anos. Sophia Kelmer (medalhista mundial e também vencedora do Aberto da
Itália), Marliane Santos (medalhista mundial em Granada), Danielle Rauen e
Jennyfer Parinos (ambas medalhistas mundiais e paralímpicas) são algumas das
craques do feminino.
Entre os homens, o brilho também é intenso. No
Mundial de Granada, medalharam Lucas Arabian e Paulo Salmin; Aloísio Lima,
Guilherme Costa e Israel Stroh já subiram ao pódio em Jogos Paralímpicos.
Aliás, Guilherme e Stroh conquistaram ouro em suas respectivas classes, 2 e 7,
neste sábado no Aberto do Brasil, em São Paulo, e Aloísio ficou com bronze na
classe 1.
Bruna Alexandre ficou com o ouro na classe 10. |
Colaboração de foto: Miriam Jeske/CBTM
Nenhum comentário:
Postar um comentário