Em entrevista coletiva antes de partida pelas
quartas de final da Copa do Mundo FIFA Qatar 2022, técnico Tite enaltece
cultura brasileira, importância da dança e analisa as dificuldades para duelo
decisivo contra Croácia.
Fonte: CBF
Créditos: Lucas Figueiredo/CBF
O técnico Tite sabe bem da responsabilidade que
carrega como comandante da Seleção Brasileira na Copa do Mundo FIFA Qatar 2022,
seu segundo Mundial. Em entrevista coletiva antes da partida contra a Croácia,
nesta sexta-feira (9), às 12 horas (horário de Brasília), o treinador comentou
sobre a importância da dança na cultura nacional e de seus princípios como
técnico.
“Essa não é a minha Seleção. É a Seleção
Brasileira que eu tenho a responsabilidade de ser o técnico. Não vou ficar
fazendo comentários de quem não conhece a história brasileira, a cultura do
Brasil, a forma e o jeito de ser cada um. Eu quero ter a conexão com o meu
trabalho, com as pessoas que se identificam comigo e com o meu trabalho, sabem
do respeito e da minha história. Essas eu fico com a atenção e com o meu
coração. A minha maneira é discreta e vai continuar sendo porque a respeito a
cultura e a seleção que eu trabalho”, analisou o treinador.
Na classificação para as quartas de final,
vitória sobre a Coreia do Sul por 4 a 1, o treinador também entrou no ritmo e
participou da coreografia com o atacante Richarlison, de 25 anos, uma diferença
de 36 em relação ao técnico da Seleção Brasileira, uma mistura que tem tido
conexão nesses seis anos à frente da equipe. “É uma conexão com uma geração
jovem. Uma conexão comigo, que tenho 61 anos, com atletas de 25, 22, 23 anos e
que poderiam seus meus netos. Eu gero uma conexão com eles. Aqueles que verdadeiramente
me conhecem, que sabem os bastidores, eu valorizo. Se tiver que dançar, eu vou
dançar”, prometeu.
Desde que assumiu a Seleção Brasileira, em
2016, Tite tem números positivos no comando da equipe. São 80 jogos, com 60
vitórias, 14 empates e 6 derrotas. Uma das características da sua equipe é o
futebol ofensivo, principalmente no atual ciclo da Copa do Mundo FIFA Qatar
2022, com a presença de atletas mais jovens e de grande destaque no cenário
internacional.
“Essa é a identidade do futebol brasileiro. Não
fui eu que criei, é toda uma geração que surgiu agora, são os técnicos da
categoria de base, representado pelo Amadeu, que formaram esses atletas e uma
nova geração. A gente, sei lá, dá confiança para que eles possam produzir o seu
melhor. É a nossa característica em cima dessa pressão, com coragem para jogar
dessa forma”.
“Corremos os riscos. Eu sei disso, já vivi
isso. Mesmo assim eu vou em frente porque esse é o futebol que acredito. Mesmo
que ali na frente a carne tenha de ser cortada se não for campeão, mas sim, é
para frente que nós vamos. É dessa forma que acreditamos. É isso que buscamos”,
complementou.
Contra a Croácia, o Brasil busca a
classificação para a semifinal contra o vencedor de Holanda e Argentina. A
atual vice-campeã mundial chega com força ao confronto com o Brasil e recebeu
elogios do assistente técnico Cléber Xavier, que tem usado da experiência de
Ricardo Gomes, zagueiro na Copa de 1990 e presente na delegação brasileira como
observador técnico da Seleção.
“O Ricardo (Gomes) trabalhou com muitos sérvios
e croatas. Treinadores e atletas. E ele coloca para nós a diferença de
característica, de personalidade. Da resiliência da Croácia. É um time
experiente, é um time acostumado como decisões, como o Danilo falou, é um time
com jogadores com mais de 30 anos, com experiência de campeonatos europeus, é a
seleção vice-campeã da última Copa. É uma seleção importante e estamos
preparados para isso”, finalizou Cléber Xavier.
Tite em treino da Seleção antes da partida contra a Croácia. |
Créditos: Lucas Figueiredo/CBF
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