quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Preparadora física realiza censo em colaboração com a CBE para entender a realidade da paraesgrima brasileira

Questionário está sendo aplicado entre todos os atletas que atuam na paraesgrima brasileira e será utilizado pela Confederação Brasileira de Esgrima para nortear ações de planejamento.
 
Preparadora física realiza censo colaboração CBE entender realidade paraesgrima brasileira Foto Rosele Sanchotene
Cristiane Vidor ao lado do atleta Fábio Damasceno.
Colaboração de texto: Nelson Ayres/Fato&Ação
Colaboração de foto: Rosele Sanchotene
 
A temporada 2022 chegou ao fim, mas o trabalho de planejamento não para. Pensando nisso, a gaúcha Cristiane Vidor, preparadora física do Grêmio Náutico União (RS), resolveu colocar em prática um trabalho importante para definir os próximos passos de condicionamento dos atletas: o censo da paraesgrima, realizado em colaboração com a Confederação Brasileira de Esgrima (CBE).
 
Formada em Educação Física, com mestrado em Medicina (onde buscou entender as lesões ósseo musculares), Cristiane trabalha diretamente com alguns dos principais atletas da paraesgrima brasileira, como Fábio e Kevin Damasceno, Monica Santos e Vanderson Chaves. Especialista na preparação física para as pessoas com deficiência, atua há oito anos na modalidade. “Eu acredito que para trabalhar com esses atletas é necessário um conhecimento mais amplo, pois é muito além da deficiência, é um conhecimento de vida”, relata.
 
Com isso, Cristiane colocou em prática o seu projeto pessoal. “Estamos fazendo um questionário de perfil de atletas de paraesgrima do Brasil, para entender um pouco e ajudar os clubes e os próprios atletas. Perceber a situação de saúde em relação às doenças associadas, qual o grau de treinabilidade deles, se fazem acompanhamento de fisioterapia, medicina, preparação física, nutricionista. Qual é o tamanho desse acompanhamento de cada atleta? Vamos tentar entender onde está a paraesgrima no Brasil e como ela está”, detalha.
 
Os resultados, assim que o trabalho estiver concluído, serão utilizados pela Confederação Brasileira de Esgrima para aprimorar o planejamento dos atletas, em especial os candidatos a medalhas em eventos internacionais. “A intenção é mostrar com esses dados a importância desse acompanhamento multiprofissional e para a CBE dar o suporte para conhecimento maior dessas deficiências, buscando chamar mais atletas para a modalidade. O que leva essas pessoas a fazer a paraesgrima e poder recrutar melhor estes atletas”, complementa a preparadora.
 
Além disso, o censo também pretende conhecer melhor a realidade estrutural dos atletas da paraesgrima. Afinal, este é um ponto fundamental para definir que tipo de preparação os atletas estarão sujeitos. Segundo a profissional, trabalhar com profissionais de diversas áreas apresenta resultados práticos nas pistas, mas cada atleta vive um tipo de realidade diferente em sua vida pessoal.
 
“O acompanhamento ajuda muito esses atletas. É importante entender também a parte estrutural deles, em termos financeiros, para poder planejar melhor esse investimento nos treinos e em busca de outras bolsas e parcerias”, finaliza.
 

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