Questionário está sendo aplicado entre todos os
atletas que atuam na paraesgrima brasileira e será utilizado pela Confederação
Brasileira de Esgrima para nortear ações de planejamento.
Colaboração
de texto: Nelson Ayres/Fato&Ação
Colaboração de foto: Rosele Sanchotene
A temporada 2022 chegou ao fim, mas o trabalho
de planejamento não para. Pensando nisso, a gaúcha Cristiane Vidor, preparadora
física do Grêmio Náutico União (RS), resolveu colocar em prática um trabalho
importante para definir os próximos passos de condicionamento dos atletas: o
censo da paraesgrima, realizado em colaboração com a Confederação Brasileira de
Esgrima (CBE).
Formada em Educação Física, com mestrado em
Medicina (onde buscou entender as lesões ósseo musculares), Cristiane trabalha
diretamente com alguns dos principais atletas da paraesgrima brasileira, como
Fábio e Kevin Damasceno, Monica Santos e Vanderson Chaves. Especialista na
preparação física para as pessoas com deficiência, atua há oito anos na
modalidade. “Eu acredito que para trabalhar com esses atletas é necessário um
conhecimento mais amplo, pois é muito além da deficiência, é um conhecimento de
vida”, relata.
Com isso, Cristiane colocou em prática o seu
projeto pessoal. “Estamos fazendo um questionário de perfil de atletas de
paraesgrima do Brasil, para entender um pouco e ajudar os clubes e os próprios
atletas. Perceber a situação de saúde em relação às doenças associadas, qual o
grau de treinabilidade deles, se fazem acompanhamento de fisioterapia, medicina,
preparação física, nutricionista. Qual é o tamanho desse acompanhamento de cada
atleta? Vamos tentar entender onde está a paraesgrima no Brasil e como ela
está”, detalha.
Os resultados, assim que o trabalho estiver
concluído, serão utilizados pela Confederação Brasileira de Esgrima para
aprimorar o planejamento dos atletas, em especial os candidatos a medalhas em
eventos internacionais. “A intenção é mostrar com esses dados a importância
desse acompanhamento multiprofissional e para a CBE dar o suporte para
conhecimento maior dessas deficiências, buscando chamar mais atletas para a
modalidade. O que leva essas pessoas a fazer a paraesgrima e poder recrutar
melhor estes atletas”, complementa a preparadora.
Além disso, o censo também pretende conhecer
melhor a realidade estrutural dos atletas da paraesgrima. Afinal, este é um
ponto fundamental para definir que tipo de preparação os atletas estarão
sujeitos. Segundo a profissional, trabalhar com profissionais de diversas áreas
apresenta resultados práticos nas pistas, mas cada atleta vive um tipo de
realidade diferente em sua vida pessoal.
“O acompanhamento ajuda muito esses atletas. É
importante entender também a parte estrutural deles, em termos financeiros,
para poder planejar melhor esse investimento nos treinos e em busca de outras
bolsas e parcerias”, finaliza.
Cristiane Vidor ao lado do atleta Fábio Damasceno. |
Colaboração de foto: Rosele Sanchotene
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