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quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Yagê Araújo perde na estreia do Xangri-lá Pro Surf e fica fora da disputa do título do CBSurfe

Cearense brilhou nas boas ondas da quarta-feira, enquanto os líderes do ranking brasileiro não passaram suas primeiras baterias no Rio Grande do Sul.

Yagê Araújo perde na estreia do CBSurf Xangri-lá Pro Surf e fica fora da disputa do Brasileiro
Michael Rodrigues bate recordes CBSurf Xangri-lá Pro Surf.
Colaboração de texto: João Carvalho/JBC Notícias
Colaboração de foto: David Castro/Atlântida Pro Surf
 
O cearense Michael Rodrigues brilhou nas boas ondas da quarta-feira na Praia de Atlântida, batendo todos os recordes do CBSurf Xangri-lá Pro Surf no Rio Grande do Sul. Já os líderes do ranking brasileiro, o capixaba Krystian Kymerson e o baiano Yage Araujo, foram eliminados em suas estreias nesta penúltima etapa do Circuito Profissional da Confederação Brasileira de Surf. Na quarta-feira, foi realizada uma verdadeira maratona de 24 baterias em quase 10 horas de competição. Dos 136 surfistas inscritos, apenas 36 seguem na disputa do título, com sete deles brigando pela liderança do ranking. A terceira fase prossegue a partir das 8h00 na quinta-feira, depois começa a categoria feminina, tudo com transmissão ao vivo pelo CBSurf.org.br.
 
A quarta-feira começou quente em Xangri-lá, com Sol, calor, boas ondas e um show de surfe do cearense Michael Rodrigues na primeira bateria do dia. Ele destruiu as direitas da Praia de Atlântida, com batidas e rasgadas abrindo grandes leques de água. Michael bateu todos os recordes do CBSurf Xangri-lá Pro Surf com suas manobras de frontside. Ele foi elevando o nível a cada onda, começando com nota 6,50, depois ganhou 7,83, 8,30 e computou o 8,50 e 8,60 das duas últimas que surfou, para atingir incríveis 17,10 pontos de 20 possíveis.
 
“Tem altas ondas e eu praticamente morei aqui por 8 meses durante a pandemia. Surfei muito em condições assim e fico feliz em estar colhendo agora, todo o tempo que investi nessa onda”, disse Michael Rodrigues. “Foi uma boa estreia e, apesar de querer minha classificação pro CT (que será definida no fim do mês no Havaí), também estou focado nesse evento, que é muito importante pra mim. Eu não tenho título brasileiro ainda e, como estou sem patrocinador, seria bom conseguir esse título. Então, estou muito focado nesse evento e no do Ceará também”.
 
Michael Rodrigues depois venceu outra bateria no fim do dia e já subiu do 22.o para o 16.o lugar no ranking brasileiro, com a passagem para a quarta fase do CBSurf Xangri-lá Pro Surf. O cearense pode até chegar entre os top-5, com a vitória na Praia de Atlântida. Depois, ele parte para o Havaí, para tentar classificação para a elite mundial do Championship Tour no Haleiwa Challenger, que será realizado entre os dias 26 de novembro e 7 de dezembro.
 
Aí volta ao Brasil, para competir na última etapa do Circuito CBSurf Pro 2022 no Ceará, de 12 a 17 de dezembro na Praia da Taíba, em São Gonçalo do Amarante. Nessa busca por um inédito título brasileiro, Michael Rodrigues terá um grande teste em sua próxima bateria na Praia de Atlântida. Ele vai disputar as primeiras vagas para as oitavas de final, com dois surfistas que brigam pela liderança do ranking em Xangri-lá, o também cearense e já bicampeão brasileiro, Messias Félix, e o potiguar Alan Jhones.
 
A dois passos da liderança - O surfista de Baía Formosa é quem está mais próximo de tirar a primeira posição do capixaba Krystian Kymerson, que foi barrado pelos jovens paulistas Rodrigo Saldanha e Daniel Adisaka, em sua estreia no CBSurf Xangri-lá Pro Surf. Alan Jhones assume a ponta se chegar nas quartas de final, ou seja, está a dois passos, ou duas baterias, da liderança do ranking. Ele avançou para a quarta fase junto com outro surfista de Baía Formosa, Israel Junior, que subiu para o 15.o lugar no ranking com a classificação.
 
“Eu acabei vendo o Krystian (Kymerson) e o Yage (Araujo) perdendo e aquela pressão meio que aumentou automaticamente. Mas, estou deixando na mão de Deus e vou estar satisfeito com o resultado que eu tiver aqui”, disse Alan Jhones. “Eu estou confiante que fiz um excelente ano e se vier essa liderança aqui em Xangri-lá, vou agradecer muito e ficar mais focado ainda pra Praia da Taíba. Mas, acho que o jogo está aberto ainda e tem muita coisa pra rolar. Uma vitória aqui seria excelente, mas ficarei feliz com qualquer resultado também”.
 
O potiguar pode ter uma vantagem de a decisão do título acontecer na Praia da Taíba, pois ele conhece as ondas de lá, bem mais do que seus principais concorrentes, Krystian Kymerson e Yage Araujo. “Quando eu frequentava o Ceará, porque já fui patrocinado por várias marcas de Fortaleza, eu era mais jovem e mais magrinho né (risos)”, destacou Alan Jhones. “Hoje, com quase 80 quilos, fica mais difícil de surfar as ondas de lá. Mas, vou fazer um regime pra ficar mais leve (risos). Sei que esse título não vai ser fácil, então vou treinar bastante pra isso”.
 
Briga pelo primeiro lugar - Além de Alan Jhones, mais seis surfistas têm chances matemáticas de tirar a liderança do ranking de Krystian Kymerson na Praia de Atlântida. Ele consegue isso se chegar nas quartas de final e o paulista Marcos Correa se passar para as semifinais. O pernambucano Ian Gouveia e o paraibano Samuel Igo, precisam chegar na grande final para ultrapassar os 19.900 pontos do capixaba. Já o cearense Messias Felix e os paulistas Alex Ribeiro e JP Ferreira, somente com a vitória no CBSurf Xangri-lá Pro Surf.
 
O líder, Krystian Kymerson, bem como o ainda vice-líder, Yage Araujo, não foram os únicos concorrentes que perderam em suas estreias na Praia de Atlântida. Outros quatro também não passaram as suas primeiras baterias, o paulista Hizunomê Bettero (5.o no ranking), o paranaense Peterson Crisanto (6.o) e os catarinenses Willian Cardoso (11.o) e Luiz Mendes (12.o). Já o potiguar Mateus Sena (7.o) caiu em sua segunda participação, na terceira fase.
 
Quem também quase acabou eliminado, foi o paraibano Samuel Igo (9.o). Ele estava liderando sua bateria de estreia no CBSurf Xangri-lá Pro Surf, até os últimos minutos. Mas, o pernambucano Douglas Silva achou boas ondas no final e passou em primeiro lugar. Samuel caiu para segundo e ficou na expectativa pela nota da última onda do paulista Renan Peres. O paraibano vibrou bastante, por ele não ter conseguido lhe tirar a classificação.
 
“Foi uma bateria bem disputada, todos os atletas de alto nível, tanto o Pulga (Renan Peres), como o Dodô (Douglas Silva), então eu sabia que ia ser bem difícil”, disse Samuel Igo. “Mas, estou feliz por ter avançado aqui em Xangri-lá, onde eu disputei meu primeiro QS, fazendo boas baterias. Eu tenho a consciência da possibilidade de ser campeão brasileiro. No ano passado fui vice-campeão e quero ter esse título no meu currículo. Mas, no momento só quero mesmo surfar, focar em passar bateria por bateria e deixar as coisas fluírem naturalmente”.
 
VAGA NOS TOP-50 - Além da disputa pela liderança do ranking, que agora ficou restrita a sete surfistas, outra batalha que vem sendo travada em quase todas as baterias do CBSurf Xangri-lá Pro Surf, é pelas vagas para terminar entre os 50 primeiros colocados da temporada. Esse grupo e as 16 melhores da categoria feminina, vão formar a nova elite nacional que irá disputar os títulos brasileiros no milionário Dream Tour da CBSurf em 2023.
 
Durante os três primeiros dias da etapa gaúcha em Xangri-lá, vários surfistas foram se revezando entre os top-50, alguns entrando, depois saindo. A quarta-feira terminou com apenas duas novidades na lista, com suas classificações nos últimos confrontos do dia. Um foi o catarinense campeão brasileiro de 2011 e ex-top da elite mundial do CT, Tomas Hermes. O outro foi o jovem paulista Pedro Dib. Eles tiraram dos top-50, o baiano Daniel Matos e o paulista Ryan Kainalo, que não foi competir no Rio Grande do Sul. Mas, essa batalha segue aberta.
 
O CBSurf Xangri-lá Pro Surf promove a penúltima etapa do Circuito Profissional da Confederação Brasileira de Surf (CBSurf) com realização da Federação Gaúcha de Surf (FGS), junto com a Associação Atlântida Pro Surf (APS) e Associação de Surfe e Esportes de Xangri-lá (ASEMUX) e patrocínio da Prefeitura Municipal de Xangri-lá, Secretaria de Turismo do Governo do Estado do Rio Grande do Sul e Restaurante 20 Barra 9, apoio da Monster Energy, Cerveja Amstel, Kinet Telecom, D1 Fitness, Juvesa concessionária Fiat, ASUN Supermercados, Floricultura Gino, APAG Incêndio, Camerite Monitoramento, STV 45 Segurança, Dream Factory, Surfland, Silverbay, Fu-Wax e Açaí do Joca Junior,. A competição está sendo transmitida ao vivo pelo CBSurf.org.br.
 

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