Pela primeira vez a competição terá a disputa
em duplas, com as brasileiras apostando forte no entrosamento para trazer uma
medalha da Espanha.
Colaboração de texto e foto: Nelson Ayres/CBTM
Colaboração de foto: André Soares/CBTM
O 8º Campeonato Mundial Paralímpico começa
neste domingo, dia 6, na espanhola Granada, apresentando novidades. Uma delas é
a mudança no sistema de disputa, que passa a ser em eliminatória simples,
substituindo a fase preliminar em grupos. Agora, todo jogo é uma final, com
mata-mata desde o início da competição. Outra importante novidade é a inclusão
da disputa do tênis de mesa em duplas. Jennyfer Parinos e Danielle Rauen,
atletas que já conquistaram vários títulos por equipes, unirão forças nesta
disputa. E entrosamento certamente não faltará.
“A gente se conhece bem, se ajuda muito e temos
um ótimo entrosamento dentro e fora da mesa”, reconheceu Danielle, catarinense
de São Bento do Sul, que compete individualmente pela classe 9. A mesma classe
da santista Jennyfer, que endossa as palavras da companheira. “A gente está
feliz, pois estamos conseguindo trabalhar e jogar muito bem juntas. O Aberto do
Brasil foi um ótimo teste e acho que estamos bem adaptadas neste trabalho que a
gente vem fazendo”, acrescentou.
O entrosamento também se dá pela pequena
diferença de idade entre ambas. Mais velha, Jennyfer tem 26 anos, enquanto
Danielle tem 24. “Quando uma vê que a outra está mal, colocamos ela para cima.
É um entrosamento incrível, que vai dar certo”, descreveu a catarinense. “Nosso
sonho é conseguir uma medalha, jogando bem e fazendo o nosso melhor lá. O
resultado será consequência de nosso trabalho”, ponderou Jennyfer.
Em equipes, elas já brilham há tempos, sempre
ao lado de Bruna Alexandre. Campeãs mundiais em 2017, também subiram ao pódio
em duas edições de Jogos Paralímpicos: no Rio de Janeiro, em 2016, e em Tóquio,
em 2021. Em ambas, ficaram com o bronze.
Na avaliação de ambas, o fato do mundial ser
disputado em eliminatórias simples traz um grau de dificuldade a mais para os
participantes, sendo primordial entrar focado desde o primeiro jogo da
competição. “Com os grupos havia aquele tempo de adaptação nos primeiros jogos.
Agora será diferente, porque cada jogo será muito importante”, analisou
Jennyfer.
Mas nem por isso a expectativa por medalhas
diminui. “Estou feliz pelo trabalho que a gente está fazendo e eu espero fazer
um ótimo campeonato. Serão dois jogos para se chegar na medalha, os dois jogos
da vida”, acrescentou a paulista. “Com certeza eu sonho com a medalha no
mundial e estou desejando demais ela”, concluiu Danielle.
Em sua oitava edição, o Campeonato Mundial
Paralímpico acontece entre os dias 6 e 12 de novembro na cidade de Granada, na
Espanha, com seus jogos realizados no Palácio Municipal de Esportes. Além de
Jennyfer e Danielle, a equipe feminina conta com Cátia Oliveira (classe 2),
Thaís Severo (classe 3), Marliane Santos (classe 3), Joyce de Oliveira (classe
4), Aline Ferreira (classe 7), Lethicia Lacerda (classe 8), Sophia Kelmer
(classe 8), Bruna Alexandre (classe 10) e Evellyn Santos (classe 11). Já o
grupo masculino é composto por Iranildo Espíndola (classe 2), Guilherme Costa
(classe 2), Lucas Arabian (classe 5), Israel Stroh (classe 7), Luiz Filipe
Manara (classe 8), Claudio Massad (classe 10) e Paulo Salmin (classe 7).
Danielle e Jennyfer conquistaram duas medalhas paralímpicas. |
Colaboração de foto: André Soares/CBTM
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