Jovens
como Karina Becker e Matheus Pinho poderão mostrar seu talento diante dos olhos
de torcedores e familiares em um desafio contra atletas de outros países.
Colaboração
de texto e foto: Nelson Ayres/CBTM
Colaboração de foto: Gustavo Medeiros/CBTM
Pronta
para vestir a camisa da Seleção Brasileira, Karina Becker, 19 anos, mostra
brilho no olhar. Com admiração, ela experimenta pela primeira vez a sensação de
colocar o uniforme que vai utilizar durante o Aberto Paralímpico do Brasil, que
começa na próxima sexta-feira (7), no Centro de Treinamento Paralímpico
Brasileiro, em São Paulo (SP). “Esse uniforme é lindo”, afirma. Um sentimento
que muitos atletas terão pela primeira vez.
A
grande maioria já disputou Abertos Internacionais no circuito mundial paralímpico,
ao menos em torneios realizados na América do Sul. Mas alguns representantes da
nova geração só terão essa oportunidade agora. Serão momentos que parecem
realmente mágicos para eles.
“Eu
estou muito ansiosa. Vai ser diferente, pois vou estar em casa. Minha família
nunca me viu jogar, pois eu nunca gostei muito. Mas agora eu quero que eles
vejam minha evolução. Não posso dizer que vou obter uma medalha, é algo
precipitado, pois nunca joguei com essas adversárias. Mas vou batalhar para
isso”, avisa Karina, que treina no Saldanha da Gama, em Santos, há três anos,
quando foi convidada pelo medalhista paralímpico Israel Stroh.
Outro
jovem que ainda não tem ideia de como será a experiência de um evento
internacional é Matheus Pinho, de 17 anos. O cearense também começou a treinar
há três anos, na AABB Fortaleza. “Nunca pensei em jogar uma competição
internacional, é uma grande oportunidade. A felicidade é total. Agora é esperar
os resultados. Vou concentrar e fazer meu jogo, o resultado que vier será
importante para mim”, resume.
Tanto
Karina quanto Matheus são de uma safra de atletas que começou a ganhar espaço
nas competições do Circuito TMB e vislumbram a possibilidade de voarem mais
alto. Karina, por exemplo, foi finalista dos dois últimos TMB Platinum, mas
atuando na classe 10, duas acima da sua de origem, a 8. Ela acredita que,
jogando contra atletas com o mesmo grau de deficiência, possa fazer bonito a
partir desta sexta-feira.
“Vou
competir com meninas da minha classe, pois muitas vezes há junções de classes
em outros torneios. Vou ter esse parâmetro e quero obter o máximo de
experiências. Transformei toda a raiva que eu senti quando perdi a última final
do TMB Platinum, em Uberlandia, em motivação para treinar e me sair bem no
Aberto do Brasil, por ser meu primeiro torneio internacional”, diz a jovem, com
vontade de brilhar para o mundo inteiro saber.
Karina Becker e Matheus Pinho estreiam em competições internacionais. |
Colaboração de foto: Gustavo Medeiros/CBTM
Nenhum comentário:
Postar um comentário