Copa do Mundo de Paraesgrima começa nesta quinta em Pisa

Além do medalhista paralímpico, cidade italiana conta com mais dois brasileiros participando da competição: Ana Elisa Paz e Elias Oliveira.
 

Jovane Guissone é uma das principais atrações da Copa do Mundo de Pisa.

Colaboração de texto: Nelson Ayres/CBTM
Colaboração de foto: Rosele Sanchotene/CBE
 
A paraesgrima brasileira tem mais um compromisso pelo mundo e, desta vez, o desafio acontece em Pisa, na Itália. Famosa pela torre inclinada, a cidade italiana é a partir desta quinta-feira (22) a sede da Copa do Mundo de Paraesgrima, que conta com a presença de três brasileiros: o ídolo da nossa modalidade e medalhista paralímpico Jovane Guissone, além de Ana Elisa Paz e Elias Oliveira.
 
Na Itália, Guissone disputa as três armas, desde a principal (espada B) até as outras duas (florete B e sabre B). O líder do ranking mundial da espada B com 184 pontos avaliou o desafio pela frente e programou voltar para casa com uma medalha no peito. “Estamos indo para mais uma competição de alto nível. A Copa do Mundo em Pisa é uma oportunidade de poder jogar com os melhores atletas do mundo. Eu tenho me dedicado muito nos treinos, tentando sempre aprender mais. Espero fazer uma boa competição e voltar para casa com mais uma medalha na bagagem”, projetou o brasileiro.
 
E ele tem tudo para conseguir isso. Jovane Guissone simplesmente tem duas medalhas paralímpicas no currículo, sendo uma de ouro na Paralimpíada de Londres (2012) e uma prata em Tóquio (2020). Além disso, o paraesgrimista vive grande fase. Internacionalmente, o gaúcho conquistou um bronze na Copa do Mundo da Polônia, que aconteceu em julho, na capital Varsóvia, além de três medalhas na edição de São Paulo em abril: ouro no florete B e bronze na espada B individual, bem como uma prata no florete por equipes.
 
Em competições nacionais, o cenário não é diferente. Em sua última participação, Guissone faturou três pódios na 2ª Copa Brasil de Paraesgrima – 95 anos CBE, que também foi sediada em São Paulo. Na ocasião, ele levou dois ouros (espada e florete B individual) e uma prata (sabre B individual). “Quero agradecer ao meu time de profissionais, que me ajudam a cada dia. Obrigado também à CBE por me dar o suporte de poder vir competir. Nosso caminho tem muitas provas até a classificação para a Paralimpíada, então é trabalhar muito para chegar no nosso objetivo e poder brigar por mais uma medalha em Paris 2024”, agradeceu o craque brasileiro.
 
Os outros dois representantes do Brasil também jogam mais de uma arma em Pisa. Assim como Jovane, Ana Elisa Paz atua nas três armas, mas na categoria A feminina. Por outro lado, Elias Oliveira vai à pista no sabre masculino A e na espada A.
 
Outra questão é que ambos os atletas são bastante jovens. Ana Elisa tem apenas 19 anos, enquanto Elias Oliveira, 22. Em Pisa, atuando ao lado dos melhores do mundo, os esgrimistas terão uma excelente oportunidade para adquirirem experiência. É o que aponta Marco Xavier, treinador que acompanha os brasileiros na Itália. “Eles estão iniciando uma carreira no desporto paralímpico. A competição de ambos tem muito mais ligação com ganho de experiência e rodagem no circuito internacional do que com resultado, por ser um campeonato com a presença dos países mais fortes”, disse o técnico.
 
“São dois atletas bem novos, que têm uma carreira longa ainda pela frente na esgrima. Acho importante que eles atuem em competições do escalão para que eles tenham contato com ídolos do esporte também”, finalizou.
 
Evento da Federação Internacional do Esporte Para Amputados e Cadeirantes – IWAS, a Copa do Mundo na Itália acontece até o próximo domingo (25). Nos três primeiros dias, os pleitos individuais serão definidos, enquanto as equipes entram em ação na data derradeira da competição, essa sem participação de brasileiros.