Conquista
foi a 14ª da História e a primeira do técnico Hideo Yamamoto na equipe adulta;
time masculino caiu para a Argentina na decisão.
Colaboração
de texto e foto: Nelson Ayres/CBMT
A
Seleção Brasileira feminina de tênis de mesa brilhou novamente no continente.
Nesta sexta-feira (22), a equipe venceu o Chile, de virada, por 3 a 2, na
decisão do Campeonato Sul-Americano de Tênis de Mesa, em Pereira, na Colômbia,
garantindo o 14° triunfo feminino do país no torneio, aumentando para seis a
diferença sobre as chilenas. No masculino, a equipe brasileira ficou com a
medalha de prata.
Não
foi uma conquista fácil, pois as coisas não começaram da melhor maneira. Carol
Kumahara abriu a disputa contra a jogadora mais experiente do Chile, Paulina
Vega. Iniciou vencendo, permitiu a virada, levou o jogo para o set desempate,
mas acabou superada por 3 a 2 (11/6, 9/11, 5/11, 11/4 e 10/12). Logo depois,
Giulia Takahashi entrou na mesa para encarar Daniela Ortega. Perdeu as duas
primeiras parciais, conseguiu o empate, mas viu a vitória escapar também no
quinto set (2/11, 7/11, 11/7, 19/17 e 8/11).
Não
havia mais espaço para erro e as meninas brasileiras conseguiram mudar o
panorama do duelo. Laura Watanabe foi a primeira, batendo Judith Morales por 3
a 1 (11/9, 13/11, 9/11 e 11/9). Depois, Carol Kumahara se recuperou diante de
Daniela Ortega, repetindo o placar (10/12, 11/5, 14/12 e 11/9). Finalmente, foi
a vez de Giulia Takahashi atropelar Paulina Vega, sem perder sets (11/8, 11/2 e
11/9), garantindo a medalha de ouro.
A
conquista foi a primeira de Hideo Yamamoto no comando da Seleção adulta. “Estou
particularmente feliz em começar o trabalho de uma forma positiva. Só tenho que
agradecer, pois as meninas foram guerreiras. Estava difícil, mas em nenhum
momento deixamos de acreditar. Acredito que conseguimos colocar nosso DNA,
sempre temos de ter orgulho de vestir a camisa da Seleção. Precisamos ter
alegria e felicidade em desfrutar cada momento, cada torneio, cada ponto. E
principalmente luta, esse é o nosso diferencial”, comemorou o comandante, que
fez uma análise mais profunda do confronto na sequência:
“No
começo, estavam muito tensas, saímos perdendo de 2 a 0. Estavam muito nervosas,
abaixo do nível delas. A virada começou com a Laura e encontramos depois o
nosso melhor. Conseguimos nos adaptar, era um jogo chato, as condições não eram
favoráveis. Quando encontramos nosso ritmo, tivemos calma para finalizar e
ganhar. É aprender a sofrer para ganhar. Foi uma lição excelente, vão ganhar
casca dura”.
Meninos ficam com a prata
O
time masculino, por sua vez, conquistou a medalha de prata no Sul-Americano. Os
meninos iniciaram a disputa da competição no início da tarde, quando encararam
os donos da casa pela semifinal e conseguiram vencer os três jogos disputados.
Guilherme Teodoro venceu Camilo Gonzalez por 3 a 1 (11/9, 11/13, 14/12 e 11/7),
Eric Jouti bateu Julian Ramos por 3 a 2 (11/7, 9/11, 11/1, 7/11 e 11/4) e
Carlos Ishida passou por Santiago Montes por 3 a 1 (11/5, 12/14, 11/7 e 11/4).
Na
decisão, porém, o panorama se inverteu e os argentinos bateram os brasileiros
em todos os confrontos. Jouti caiu para Gastón Alto por 3 a 1 (7/11, 11/5,
11/13 e 9/11), Teodoro foi superado por Horacio Cifuentes pelo mesmo placar
(5/11, 4/11, 12/10 e 7/11) e Rafael Turrini perdeu para Santiago Lorenzo por 3
a 2 (6/11, 11/8, 7/11, 13/11 e 3/11).
“Acho
que mesmo com a derrota na final, vimos várias coisas positivas. Nossa equipe
foi uma mistura de experiência e juventude. Os jovens mostraram que podem
representar bem a Seleção Brasileira e criar uma concorrência forte para ter
espaço na equipe para os próximos campeonatos”, analisou o técnico Francisco
Arado, o Paco.
Equipes feminina e masculina do Brasil após o pódio. |
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