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quinta-feira, 7 de abril de 2022

Cabeças de chave do LayBack Pro apresentado pela Prefeitura de Florianópolis estreiam nesta sexta

Os 32 e as 8 surfistas mais bem ranqueados na WSL entram na disputa, Eduardo Motta e Laura Raupp vão começar a defender os seus títulos, Alan Jhones e Juliana Santos se destacaram nas ondas da quinta.

Juliana Santos foi o destaque da categoria feminina na quinta.
Colaboração de texto: João Carvalho/Gabriel Gontijo/©WSL
Colaboração de foto: Marcio David/LayBack Pro
 
Após dois dias de competição na Praia Mole, chegou a hora dos cabeças de chave do LayBack Pro apresentado pela Prefeitura de Florianópolis estrearem na Ilha de Santa Catarina. Os 32 homens e as 8 mulheres mais bem colocados no ranking da World Surf League, vão fazer suas primeiras apresentações nesta sexta-feira. Eles vão enfrentar os 32 surfistas e as 8 meninas que passaram pelas 40 baterias disputadas por 119 competidores na quarta e na quinta-feira em Florianópolis. O terceiro dia começa as 8h00 na Praia Mole, ao vivo pelo WorldSurfLeague.com.
 
Certamente, um dos confrontos mais aguardados é o que tem dois surfistas que estavam entre os tops do World Surf League Championship Tour em 2019, o campeão mundial Adriano de Souza e Peterson Crisanto. O paranaense é um dos cabeças de chave que vai estrear nessa nona bateria da quarta fase, junto com um dos concorrentes diretos por vaga para o Challenger Series 2022, Thiago Camarão, 15.o colocado no ranking da WSL Latin America, que garante os nove primeiros colocados no circuito classificatório para o CT 2023.
 
Mineirinho venceu mais uma bateria no LayBack Pro apresentado pela Prefeitura de Florianópolis, novamente enfrentando três surfistas da nova geração. Diferente da sua estreia na quarta-feira, dessa vez conseguiu competir mais tranquilo, dominando o confronto desde a primeira onda surfada, que valeu 6,67. Depois, conseguiu uma nota 7,00 para vencer por 13,67 pontos. O pernambucano Douglas Silva passou em segundo lugar com 10,43, com ambos eliminando o catarinense Patrick Plachi e o alagoano Willian Feiden.
 
“Dessa vez foi melhor pro meu lado, porque já comecei com duas notas boas e aí foi só controlar a bateria até o fim”, disse Adriano de Souza. “Ontem (quarta-feira) foi ao contrário, só consegui me classificar no final, aí fica mais eletrizante, mais difícil. Foi mais uma bateria com a molecada e já passei pro rounde dos 64, quando entram os cabeças de chave, então vamos lá. Agora é a galera ex-CT, mas com quem já estou mais acostumado a competir”.
 
SURFANDO COM O ÍDOLO – Quem saiu do mar também muito satisfeito, foi o jovem pernambucano Douglas Silva. Ele se classificou em segundo lugar e foi para a décima bateria da quarta fase do LayBack Pro apresentado pela Prefeitura de Florianópolis, encabeçada pelo baiano Marco Fernandez praticamente garantido para o Challenger Series 2022 e o catarinense Leo Casal. O paulista Daniel Adisaka completa este confronto.
 
“Pra mim, é muita felicidade competir com o Adriano (de Souza). Eu lembro que, em 2015, antes do Mineiro ser campeão mundial, encontrei com ele em Trestles (EUA) e ele deu prova do surfe dele, da humildade dele”, contou Douglas Silva. “Até hoje eu sou fã e pra mim é um prazer competir uma bateria com ele. Pra mim foi mais do que especial e vai ficar marcado pro resto da minha vida. E estou mais feliz ainda, por ter passado junto com ele”.
 
DESTAQUES DO DIA – Na quinta-feira, o catarinense Heitor Mueller fechou o dia aumentando de 14,84 para 15,50 o recorde de pontos de Adriano de Souza. Mas, a maior nota continua sendo a 8,17 do Mineirinho na quarta-feira. Quem primeiro chegou mais perto desta marca no segundo dia foi o potiguar Alan Jhones, que colocou Baía Formosa no cenário nacional do esporte, bem antes do campeão olímpico, Italo Ferreira. Alan achou uma boa direita para mandar uma série de três manobras muito bem executadas que valeram nota 8,00. Depois, conseguiu um 6,23 para vencer por 14,23 pontos.
 
“Eu vi que o vento virou pra Nordeste, então sabia que a direitinha ia armar e consegui achar uma boa logo no começo da bateria pra fazer uma nota 8”, disse Alan Jhones. “Depois fui trocando notas 6, que posso até precisar em outra bateria, então tomara que ele venha na próxima (risos). Foi massa, o evento está irado, as ondas vão melhorar a partir de amanhã (sexta-feira), então vamos com tudo pra ver se a gente chega no último dia”.
 
ESTRANGEIROS – Além dos brasileiros, seis surfistas de outros países competiram na quinta-feira e a participação estrangeira não começou bem, com o argentino Leandro Usuna, o chileno Roberto Araki e o havaiano Ian Gentil, sendo eliminados nos confrontos que abriram a terceira fase. A série de derrotas foi quebrada pelo argentino Tomas Lopes Moreno, que derrotou o bicampeão brasileiro Messias Felix e um ex-top do CT, Raoni Monteiro, que detinha o recorde de sete baterias disputadas na primeira edição do LayBack Pro em 2021 e acabou eliminado.
 
“O Raoni (Monteiro) e o Messias (Felix) eu já conhecia e são surfistas muito fortes. Já fiz uma trip com o Raoni pra Filipinas e ele ganhou um QS lá. Ele é muito amigo meu e eu sabia que a bateria ia ser difícil”, destacou Tomas Lopez Moreno. “Eu estava focado em pegar duas ondas boas para fazer duas manobras pelo menos, porque o mar está difícil. As esquerdas estavam melhores, porque esse vento de frente deixa as direitas mais estranhas. Estou feliz que achei as ondas que precisava pra me classificar”.
 
ESTREIA DO FEMININO – O segundo dia do LayBack Pro apresentado pela Prefeitura de Florianópolis começou pela estreia das mulheres na Praia Mole. Foram realizadas quatro baterias para definir as adversárias das oito cabeças de chave que entram direto na segunda fase. A catarinense Isabelle Nalu ganhou a primeira, mas o destaque entre as meninas foi a cearense Juliana Santos, que fez os recordes do feminino na segunda bateria, nota 7,50 e 13,33 pontos.
 
“Estou muito feliz pela minha participação estreando no campeonato”, disse Juliana Santos. “Ter conseguido fazer boas notas e uma boa somatória, foi uma conquista importante pra mim. Foi muito bom ter encaixado boas manobras nas ondas, minha prancha funcionou bem e estou bem feliz. As ondas estão boas para um surfe de linha e espero continuar assim”.
 
A recordista Juliana Santos foi para a segunda bateria da segunda fase, encabeçada pela terceira e quarta colocadas no ranking da WSL Latin America, que garante três surfistas no Challenger Series, a peruana Arena Rodriguez Vargas e a defensora do título do LayBack Pro, Laura Raupp, respectivamente. E nessa sexta-feira, a líder do ranking, Sophia Medina, pode confirmar o título sul-americano de 2021/2022 se passar pela sua primeira bateria na Praia Mole, contra Isabela Saldanha, Yanca Costa e Gabriely Vasque.
 
AGENDA LAYBACK – Assim como no ano passado, a LayBack Beer está promovendo uma agenda de eventos com festas em todas as noites do LayBack Pro apresentado pela Prefeitura de Florianópolis. Na quarta-feira, aconteceu a abertura oficial na Casa Di Praia Layback. Na quinta-feira, tem Layback Cine Session com o filme Deja-vú na Layback Basement. Depois, os agitos serão no John Bull na Lagoa da Conceição, com o Juicy Hip Hop Special Ed na sexta-feira e o Layback Pro Party no sábado. E no domingo, tem o Sunset do Campeão na Layback Surf House. Ingressos no www.sympla.com.br/laybackpro22.
 

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