Os 32 e as 8 surfistas mais bem ranqueados na
WSL entram na disputa, Eduardo Motta e Laura Raupp vão começar a defender os
seus títulos, Alan Jhones e Juliana Santos se destacaram nas ondas da
quinta.
Colaboração
de texto: João Carvalho/Gabriel Gontijo/©WSL
Juliana Santos foi o destaque da categoria feminina na quinta. |
Colaboração
de foto: Marcio David/LayBack
Pro
Após dois dias de competição na Praia Mole,
chegou a hora dos cabeças de chave do LayBack Pro apresentado pela Prefeitura
de Florianópolis estrearem na Ilha de Santa Catarina. Os 32 homens e as 8 mulheres
mais bem colocados no ranking da World Surf League, vão fazer suas primeiras
apresentações nesta sexta-feira. Eles vão enfrentar os 32 surfistas e as 8
meninas que passaram pelas 40 baterias disputadas por 119 competidores na
quarta e na quinta-feira em Florianópolis. O terceiro dia começa as 8h00 na
Praia Mole, ao vivo pelo WorldSurfLeague.com.
Certamente, um dos confrontos mais aguardados é
o que tem dois surfistas que estavam entre os tops do World Surf League
Championship Tour em 2019, o campeão mundial Adriano de Souza e Peterson
Crisanto. O paranaense é um dos cabeças de chave que vai estrear nessa nona
bateria da quarta fase, junto com um dos concorrentes diretos por vaga para o
Challenger Series 2022, Thiago Camarão, 15.o colocado no ranking da WSL Latin
America, que garante os nove primeiros colocados no circuito classificatório
para o CT 2023.
Mineirinho venceu mais uma bateria no LayBack
Pro apresentado pela Prefeitura de Florianópolis, novamente enfrentando três
surfistas da nova geração. Diferente da sua estreia na quarta-feira, dessa vez
conseguiu competir mais tranquilo, dominando o confronto desde a primeira onda
surfada, que valeu 6,67. Depois, conseguiu uma nota 7,00 para vencer por 13,67
pontos. O pernambucano Douglas Silva passou em segundo lugar com 10,43, com
ambos eliminando o catarinense Patrick Plachi e o alagoano Willian Feiden.
“Dessa vez foi melhor pro meu lado, porque já
comecei com duas notas boas e aí foi só controlar a bateria até o fim”, disse
Adriano de Souza. “Ontem (quarta-feira) foi ao contrário, só consegui me
classificar no final, aí fica mais eletrizante, mais difícil. Foi mais uma
bateria com a molecada e já passei pro rounde dos 64, quando entram os cabeças
de chave, então vamos lá. Agora é a galera ex-CT, mas com quem já estou mais
acostumado a competir”.
SURFANDO
COM O ÍDOLO – Quem saiu do mar também muito satisfeito, foi
o jovem pernambucano Douglas Silva. Ele se classificou em segundo lugar e foi
para a décima bateria da quarta fase do LayBack Pro apresentado pela Prefeitura
de Florianópolis, encabeçada pelo baiano Marco Fernandez praticamente garantido
para o Challenger Series 2022 e o catarinense Leo Casal. O paulista Daniel
Adisaka completa este confronto.
“Pra mim, é muita felicidade competir com o
Adriano (de Souza). Eu lembro que, em 2015, antes do Mineiro ser campeão mundial,
encontrei com ele em Trestles (EUA) e ele deu prova do surfe dele, da humildade
dele”, contou Douglas Silva. “Até hoje eu sou fã e pra mim é um prazer competir
uma bateria com ele. Pra mim foi mais do que especial e vai ficar marcado pro
resto da minha vida. E estou mais feliz ainda, por ter passado junto com ele”.
DESTAQUES
DO DIA – Na quinta-feira, o catarinense Heitor Mueller fechou o dia
aumentando de 14,84 para 15,50 o recorde de pontos de Adriano de Souza. Mas, a
maior nota continua sendo a 8,17 do Mineirinho na quarta-feira. Quem primeiro
chegou mais perto desta marca no segundo dia foi o potiguar Alan Jhones, que
colocou Baía Formosa no cenário nacional do esporte, bem antes do campeão
olímpico, Italo Ferreira. Alan achou uma boa direita para mandar uma série de
três manobras muito bem executadas que valeram nota 8,00. Depois, conseguiu um
6,23 para vencer por 14,23 pontos.
“Eu vi que o vento virou pra Nordeste, então
sabia que a direitinha ia armar e consegui achar uma boa logo no começo da
bateria pra fazer uma nota 8”, disse Alan Jhones. “Depois fui trocando notas 6,
que posso até precisar em outra bateria, então tomara que ele venha na próxima
(risos). Foi massa, o evento está irado, as ondas vão melhorar a partir de
amanhã (sexta-feira), então vamos com tudo pra ver se a gente chega no último
dia”.
ESTRANGEIROS
–
Além dos brasileiros, seis surfistas de outros países competiram na
quinta-feira e a participação estrangeira não começou bem, com o argentino
Leandro Usuna, o chileno Roberto Araki e o havaiano Ian Gentil, sendo
eliminados nos confrontos que abriram a terceira fase. A série de derrotas foi
quebrada pelo argentino Tomas Lopes Moreno, que derrotou o bicampeão brasileiro
Messias Felix e um ex-top do CT, Raoni Monteiro, que detinha o recorde de sete
baterias disputadas na primeira edição do LayBack Pro em 2021 e acabou
eliminado.
“O Raoni (Monteiro) e o Messias (Felix) eu já
conhecia e são surfistas muito fortes. Já fiz uma trip com o Raoni pra
Filipinas e ele ganhou um QS lá. Ele é muito amigo meu e eu sabia que a bateria
ia ser difícil”, destacou Tomas Lopez Moreno. “Eu estava focado em pegar duas
ondas boas para fazer duas manobras pelo menos, porque o mar está difícil. As
esquerdas estavam melhores, porque esse vento de frente deixa as direitas mais
estranhas. Estou feliz que achei as ondas que precisava pra me classificar”.
ESTREIA
DO FEMININO – O segundo dia do LayBack Pro apresentado pela
Prefeitura de Florianópolis começou pela estreia das mulheres na Praia Mole.
Foram realizadas quatro baterias para definir as adversárias das oito cabeças
de chave que entram direto na segunda fase. A catarinense Isabelle Nalu ganhou
a primeira, mas o destaque entre as meninas foi a cearense Juliana Santos, que
fez os recordes do feminino na segunda bateria, nota 7,50 e 13,33 pontos.
“Estou muito feliz pela minha participação
estreando no campeonato”, disse Juliana Santos. “Ter conseguido fazer boas
notas e uma boa somatória, foi uma conquista importante pra mim. Foi muito bom
ter encaixado boas manobras nas ondas, minha prancha funcionou bem e estou bem
feliz. As ondas estão boas para um surfe de linha e espero continuar assim”.
A recordista Juliana Santos foi para a segunda
bateria da segunda fase, encabeçada pela terceira e quarta colocadas no ranking
da WSL Latin America, que garante três surfistas no Challenger Series, a
peruana Arena Rodriguez Vargas e a defensora do título do LayBack Pro, Laura
Raupp, respectivamente. E nessa sexta-feira, a líder do ranking, Sophia Medina,
pode confirmar o título sul-americano de 2021/2022 se passar pela sua primeira
bateria na Praia Mole, contra Isabela Saldanha, Yanca Costa e Gabriely Vasque.
AGENDA
LAYBACK – Assim como no ano passado, a LayBack Beer está promovendo
uma agenda de eventos com festas em todas as noites do LayBack Pro apresentado
pela Prefeitura de Florianópolis. Na quarta-feira, aconteceu a abertura oficial
na Casa Di Praia Layback. Na quinta-feira, tem Layback Cine Session com o filme
Deja-vú na Layback Basement. Depois, os agitos serão no John Bull na Lagoa da
Conceição, com o Juicy Hip Hop Special Ed na sexta-feira e o Layback Pro Party
no sábado. E no domingo, tem o Sunset do Campeão na Layback Surf House.
Ingressos no www.sympla.com.br/laybackpro22.
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