sábado, 28 de agosto de 2021

Jovane Guissone conquista a prata nos Jogos Paralímpicos de Tóquio

Gaúcho conquistou a segunda medalha paralímpica da esgrima em cadeira de rodas do Brasil; em 2012, nos Jogos de Londres, foi o responsável pelo primeiro ouro.

Jovane Guissone vibra com a prata em Tóquio.
Colaboração de texto: Nelson Ayres/Fato&Ação
Colaboração de foto: Takuma Matsushita/CPB
 
O gaúcho Jovane Guissone é novamente medalhista dos Jogos Paralímpicos. Ele, que conquistou ouro em Londres 2012, a primeira medalha paralímpica da esgrima em cadeira de rodas do Brasil, ficou com a prata na manhã desta quinta-feira (26). A disputa do torneio começou na noite anterior e se estendeu durante toda a madrugada, no Makuhari Mall, em Tóquio.
 
Jovane Guissone tem 38 anos, é gaúcho de Barros Cassal e se tornou o maior nome da esgrima paralímpica do Brasil. Homem do campo, revela não ter medo de desafios e ganhou dois presentes meses antes dos Jogos: as gêmeas Cecília e Alícia, que juntamente com o primeiro filho, Jovane Júnior, e a esposa Queli formam o que ele revela ser seu maior patrimônio: a família.
 
Na pule, Jovane já mostrou sua força. Bateu quatro dos cinco adversários na primeira etapa da competição: o chinês Hu Daoliang (5 a 3), o húngaro Istvan Tarjanyi (5 a 2), o bielorrusso Andrei Pranevich (5 a 4) e o representante do Comitê Paralímpico Russo Alexander Kurzin (5 a 1). O único revés aconteceu diante do ucraniano Oleg Naumenko: 5 a 2.
 
A boa campanha fez com que o brasileiro passasse diretamente para as quartas de final, sem precisar jogar o quadro de 16. Para entrar no grupo de disputa de medalha, necessitava bater o iraquiano Ammar Ali. E entrou com fome na pista. Abriu 3 a 0 no placar, controlou o duelo e conseguiu a vitória por 15 a 10.
 
Na semifinal, o adversário era o britânico Dimitri Coutya. Começou perdendo, mas conseguiu a virada no meio do combate e não deixou mais a vitória escapar. Finalmente, na disputa do título, encarou o russo Alexander Kuzyukov, que dominou a pista. Chegou a abrir 11 a 3 no placar. Jovane seguiu lutando, diminuiu a diferença, mas não conseguiu reverter o quadro.
 
“Estou muito feliz mesmo, pelo dia de hoje! Meu objetivo era trabalhar bastante para chegar aqui em Tóquio, fazer o meu melhor e garantir uma medalha para o Brasil, feliz, jogando solto e colocando em prática tudo aquilo que treinei. Voltar com uma medalha no peito, é resultado de muita dedicação. Agradeço demais a todo mundo que torceu por mim durante toda a madrugada. Graças a Deus, isso aconteceu! É fruto de muito trabalho meu e da equipe toda, minha família, que sempre me apoiou muito”, comemorou o medalhista paralímpico.
 
Jovane também fez questão de agradecer aos apoios que teve durante o longo ciclo, através do Comitê Paralímpico Brasileiro, da Confederação Brasileira de Esgrima e dos profissionais Marco Nelz Xavier (técnico pessoal), Silvia Rothfeld (fisioterapeuta), Marloiva Soares (massoterapeuta), Renan Campos (preparador físico da Crossfit Esteio, onde o atleta fez a manutenção durante a pandemia) e Ivan Schwantes (chefe da equipe brasileira em Tóquio e coordenador da esgrima em cadeira de rodas da CBE).   
 

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