Mineiro da categoria 96kg não parou de treinar
“em nenhum momento” mas sofreu para manter alimentação regrada e massa muscular.
Colaboração
de texto: Nelson Ayres/Fato&Ação
Comunicação
Colaboração de foto: ©Wander Roberto/COB
Em reta final de preparação, os atletas do
levantamento de pesos chegam ao Campeonato Pan-Americano 2021 de olho em
Tóquio. A abertura acontece no próximo domingo (18), em Santo Domingo, na
República Dominicana, e é uma das competições que valem pontos para o ranking
olímpico. Um dos brasileiros que estarão competindo, Marco Túlio Gregório, da
categoria 96kg, tenta recuperar o ritmo pré-pandemia e buscar seu lugar entre
os representantes do Brasil na Olimpíada deste ano. A disputa da categoria dele
acontece no dia 22.
Gregório é um dos sete brasileiros que disputam
vagas em Tóquio. Além dele, tentam também Fernando Reis, Serafim Veli, Rosane
Santos, Jaqueline Ferreira, Natasha Rosa e Luana Madeira. O mineiro, porém, se
diz ansioso pelo ciclo olímpico e destacou as barreiras que a pandemia da
Covid-19 trouxe para sua preparação. “Espero que dê tudo certo para realizar
essa classificação para Tóquio. Eu estou bem ansioso. A expectativa fica lá no
alto. Mas é seguir trabalhando, né? É um caso atípico, mas é ver o que
acontece. É voltar ao trabalho de antes e dar sequência a ele. Até porque o
ciclo olímpico não para. Em 2021, já embalamos para 2024. Tem que ter cabeça”,
comenta Gregório.
Mesmo durante o período de maior isolamento e
com mais restrições em 2020, o atleta não parou de treinar “em nenhum momento”
e seguiu com preparação “forte, em planejada e planificada”. Ainda assim,
segundo ele, há o desafio de voltar ao condicionamento anterior. Gregório explica
que o ano de 2019 foi recheado de competições e, por isso, ele estava “bem
calejado”. No ano seguinte, aconteceu o inverso. “A gente estava no ápice da
performance no final de 2019 e no início de 2020, quando veio a pandemia. Tudo
teve que ser muito bem conversado e acertado, as cargas. Até porque,
praticamente durante um ano, não tivemos referência do que está sendo feito nas
competições. Foi bem angustiante esse período, uma frustração bem grande”,
ressaltou Marco Túlio Gregório.
Resistência
na alimentação
Um dos seus principais desafios neste período
sem competições, em 2020, foi manter o ritmo na alimentação. Com uma carga de
treinos menos intensa, a fome também não era tão grande e a dificuldade estava
em manter seu percentual de massa muscular sem ganhar gordura. Questionado
sobre em que ponto precisaria melhorar, Gregório respondeu: “Comer mais, mais e
mais”.
“Manter o peso na pandemia foi difícil. Eu
perco peso muito fácil, então diminuir a carga de treinamento abaixou bastante
também o nível de massa magra. E comecei a ganhar gordura, né? E para a gente
que faz força, quanto mais massa muscular, melhor. Isso, para mim, foi o ponto
mais difícil. Diminuindo a carga de treinos, não sinto tanta fome”, contou.
“Tive de comer forçado, fazer força para comer.
Comer não chega a ser um sacrifício, mas tem que ter disciplina. Não adianta
você voltar de um período desses, definhado, e voltar a levantar as cargas que
estava levantando na alta performance. Elas não vão sair do chão”, completou
Gregório.
Planejamento
até o auge
Apesar da corrida pela classificação para as
Olimpíadas de Tóquio, no entanto, a projeção do mineiro para a melhor fase de
sua carreira é de médio a longo prazo. Marco Túlio Gregório afirma que ainda
está “longe do auge” e planeja atingi-lo nos próximos ciclos olímpicos.
“A gente não sabe do futuro, né? Mas acho que
ainda estou longe do auge. Creio que para a próxima Olimpíada, em 2024, ou até
em 2028, aí sim”, define. Para 2021, a primeira meta do atleta já foi
estipulada: “Penso que posso chegar entre os dez, treinando, independentemente
de quem classifique”, finaliza.
Marco Túlio segue buscando a vaga olímpica. |
Colaboração de foto: ©Wander Roberto/COB
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