O lutador baiano Waldemar Santana (in memoriam)
será homenageado no dia 27, ás 10 horas, no Rio de Janeiro, quando passará a
integrar a Calçada da Fama - "Walk of fame", na cidade das Artes
Marciais, na Barra da Tijuca.
Fonte: Mara Santana
O evento é uma homenagem e reconhecimento à
dedicação do atleta ao desenvolvimento do esporte nacional. A vida de Waldemar
Santana e sua importância na história das artes marciais não se resumem apenas
às 3h45min, tempo que durou a luta que travou em 1955 com Hélio Gracie e sua
vitória, que o consagrou como um dos melhores lutadores do vale-tudo.
Vai muito além disso, e começa no início da
década de 50, quando um jovem atleta e capoeirista, com 22 anos, decidiu deixar
Salvador, sua terra natal, para correr atrás de seus sonhos. Partiu para a
capital federal da época, o paradisíaco Rio de Janeiro, sede da academia da
família Gracie, já conhecida por sua fama no treinamento de jiu-jítsu.
Waldemar muito ajudou a impulsionar a luta
livre e jiu-jítsu, que se transformaram numa febre nacional, com o surgimento
de centenas de novos atletas, além de divulgar o nome da Bahia em todo o país.
O atleta foi tema de uma crônica de Nélson Rodrigues, virou personagem em
histórias populares e serviu de mote para os repentistas nordestinos, passando
a ser cantado em prosa e verso.
Em quinze anos de lutas profissionais, o
Leopardo Negro, como era conhecido, nunca se esquivou de desafios e enfrentou
todos os principais pugilistas do país. Tornou-se recordista em apresentações,
com 296 combates.
Capoeirista da Ilha de Itaparica foi o único que derrotou Hélio Gracie. |
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