Indefinição
sobre a nova data e sobre o fim da quarentena prejudicam posicionamento sobre a
preparação dos atletas.
Meninas do Brasil estão garantidas nos Jogos. |
Colaboração
de texto: Nelson Ayres/Claudia Mendes/CBMT
Colaboração
de foto: ITTF
Rio
de Janeiro (RJ)Com os Jogos Olímpicos de Tóquio adiados para 2021, resta agora
ajustar o planejamento traçado para o torneio. Um cenário de grande indefinição
neste momento para profissionais e atletas, já que a nova data ainda não foi
marcada e os atletas seguem treinando de forma improvisada em suas residências,
sem poderem disputar competições de alto nível.
Hugo
Hoyama, técnico da Seleção feminina, destaca o acerto no adiamento dos Jogos
Olímpicos. E explica que o benefício não foi apenas na parte física, já que o
isolamento causa outros danos aos esportistas. “Foi uma decisão correta. Não é
fácil ficar esse tempo todo sem treinar muito, para chegar na Olimpíada bem
preparado, não só fisicamente, mas também mentalmente. Vai ser melhor para
todos os atletas em 2021. Temos que sentar para refazer esse planejamento. O
mais importante é que temos as vagas das equipes garantidas. Elas precisam
voltar aos treinos com a mesma motivação, e usar esse tempo de confinamento
para continuarem treinando”.
Mas,
a mudança é inevitável. Consultor técnico da CBTM e treinador de Hugo
Calderano, o francês Jean-René Mounié revela que modificações profundas devem
acontecer no planejamento do número 7 do ranking mundial. “Muda bastante. Vamos
ter que criar uma nova estratégia quando soubermos mais do calendário. Muda
também a nossa própria estratégia, o Hugo tem que treinar sabendo que temos
pelo menos um ano ao invés de quatro meses para os Jogos. É desconfortável
pensar sem saber quais eventos e quais etapas teremos que participar. Estamos
pensando em como nos adaptar e tirar algo positivo dessa crise. Para isso,
temos que nos manter com boa saúde e tentar otimizar esse tempo confinado para
desenvolver outras ferramentas e competências, considerando os limites de
ficarmos isolados”, explica.
O
técnico da Seleção masculina, Francisco Arado, o Paco, também explica que pouco
pode ser feito em termos de planejamento no momento, em razão da quarentena: “É
difícil saber neste momento como será o planejamento. Ainda não sabemos quando
vai acabar a pandemia, nem temos as datas dos eventos. Acho que o mais
importante agora é cuidar da saúde das pessoas”.
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