A
dupla de velejadores, Leo Chicourel , de Salvador e José Guilherme Mendes, de Ilhabela,
em São Paulo, conquistou o título da famosa Regata Cape to Rio, Cidade do Cabo
(África do Sul) - Rio de Janeiro.
Dupla conquistou Regata após 17 dias de disputa acirrada. |
Colaboração
de texto: Fabrizzio Gallas/GallasPress
Colaboração
de foto: Alec Smith/Cape to Rio
Leo
Chicourel, natural de Salvador (BA), do Aratu Iate Clube, que se radicou há um
ano em Ilhabela (SP), e José Guilherme Mendes, de Ilhabela (SP), ficaram 17
dias no mar (mais de 3.700 milhas náuticas navegadas) e completaram em primeiro
lugar na classe de monocascos no barco Mussulo - Angola Cables deixando o sul-africano
Ballyhoo Too e o barco do Rio de Janeiro, Saravah, em terceiro lugar.
A
disputa dos monocascos teve 17 barcos da Alemanha, Itália, Argentina, Angola e
Austrália. Foi a segunda participação da dupla na regata que acontece em média
a cada três anos. Em 2017 ficaram em quarto no geral, mas bateram o recorde de
tempo nos barcos em dupla. “Sensação é muito boa, tanto eu quanto o Zé estamos
muito felizes. Felizes primeiro por ter feito uma regata muito boa e a
consequência foi a vitória. Disputamos com grandes barcos como o alemão Haspa
Hamburg (4º lugar), o Saravah, o Zulu (5º) dos sul-africanos que vieram muito
bem, tiveram problema à bordo, sem energia. Ballyhoo (terminou em 2º).
Velejadores
de alto nível e só fazem engrandecer o nosso título. Muito honrado com essa
conquista”, disse Leo.
Leo e Zé Guilherme. |
O
baiano contou os detalhes da regata onde ficaram 12 horas com uma vela rasgada
diante de fortes ventos: “Difícil da estratégia, muitas mudanças. Normalmente
se larga com vento forte na Cidade do Cabo e ao longo dela precisa contornar
alta pressão mais pra norte ou sul, basicamente vento a favor variando 10 a 20
nós. Esse ano foi bem diferente, essa alta pressão estava fragmentada, difícil
prever o que ia acontecer. Aqui no Brasil tivemos a baixa pressão do ciclone
Curumim, 40 a 50 nós, fica muito próximo de ter uma quebra. Passamos bem, mas
tivemos alguns problemas rasgamos uma vela importante no barco, ficou presa
quase 12h os fragmentos dela, só conseguimos tirar quando o dia clareou e o
vento baixou, no 5º ou 6º dia. Mas deu tudo certo”.
Leo
e Zé têm costume de velejar em dupla. Além da Cape to Rio em 2017 onde bateram
o recorde de tempo velejando em dupla, mas no geral terminaram em quarto lugar,
participaram de outras competições como Charleston-Portland, nos Estados
Unidos: “Quando temos um problema para resolver os dois precisam estar unidos e
acaba que gasta mais energia de ambos, dormir é mais complicado, são poucas
horas, mas uma tripulação em dupla é mais fácil de gerir do que uma grande. E o barco Classe 40
é próprio para duplas ou navegação solitária”.
Na
classe multicascos, o Love Water, da África do Sul, foi o campeão, concluindo o
percurso em mais de sete dias, deixando o italiano Maserati em segundo lugar.
A
Cape Town to Rio começou em 1971 e é disputada em média a cada três anos. A
distância média é de 3.600 milhas náuticas com largada do Royal Cape Yacht Club
com chegada no Iate Clube do Rio de Janeiro que completa seu centenário em
2020.
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