quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Polo Salvador se une a Rhodia para lançar primeira camisa biodegradável do Brasil

Uma camisa polo biodegradável que se desintegra em até 3 anos em aterros sanitários.

Hari Hartmann uniu o fio de algodão à poliamida da Rhodia.
Fonte e foto: Luciana Amâncio

Esse é o resultado da união entre a Rhodia, empresa do grupo belga Solvay e a Polo Salvador, pequena indústria têxtil localizada no bairro do Uruguai, na capital baiana. Tudo começou há cerca de 2 meses, quando a Rhodia desenvolveu em São Paulo o fio biodegradável de poliamida, uma vez que atende a múltiplos mercado, inclusive o têxtil.

Ciente da novidade, Hari Hartmann, diretor da empresa baiana, uniu o seu fio de algodão à poliamida biodegrável homologada pela Rhodia, dando origem ao novo produto: a primeira camisa polo biodegradável do Brasil. “Em condições normais, uma camisa pode demorar décadas para se decompor. O que esse fio tem de especial é uma espécie de alimento adicionado à fibra para as bactérias presentes em condição de lixão e/ou aterro sanitário. Por isso essa diferença de tempo estratosférica. Mais uma vez comprovamos que sustentabilidade gera negócios, além de unir empresas de alcances completamente diferentes por um bem maior”, pontua Hari.

Empresa Verde

Com mais de dez anos de atuação no mercado têxtil, a Polo Salvador coleciona premiações e certificações - como o título de empreendimento sustentável “IPTU Verde” da Prefeitura de Salvador como e o reconhecimento da Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT) por ser a primeira indústria brasileira a produzir “Camisa Polo Carbono Zero” - devido às ações sustentáveis que aplica tanto nas linhas de produtos quanto no dia a dia dos cerca de 50 colaboradores da fábrica. A reutilização da água da chuva em descargas e torneiras, os sensores de presença, a substituição de lâmpadas por LED e a autossuficiência em energia são algumas das medidas sustentáveis adotadas pela organização.

Além disso, os retalhos dos tecidos que chegam a 800 kg por mês, são doados para a Creche Escola Comunitária Fonte de Luz, no Parque São Cristóvão, onde são transformados em estopas e vendidas para empresas, inclusive do Pólo Petroquímico. Já os produtos, camisas polo fabricadas para fardamentos corporativos assim como para o consumidor final, são feitas de materiais que incluem o uso de garrafas PET recicladas, no caso das linhas ecológicas. Para os clientes que preferem a camisa 100% algodão há a opção orgânica, livre de agrotóxicos ou pesticidas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário